A música irritantemente clássica soava entorno do salão onde acontecia o encontro de grandes empresários de Nova Iorque. E Louis, mais uma vez abastecia sua bandeja para voltar à aquele mundo de empresários mesquinhos e irritantes.
Droga. Ele nunca pensou que um trabalho de garçom seria tão cansativo como estava sendo esse, ter que carregar aquela bandeja cheia de taças de champagne a noite toda estava acabando com o pobre ômega.
Enquanto estava absorto em seus pensamentos, Louis nem mesmo tinha notado que já estava novamente dentro do salão e não mais no bar e, piorando sua situação, ele ao menos percebeu quando acabou esbarrando em uma grande e firme muralha, ele se perguntou como não tinha notado aquele alicerce em sua frente.
Subindo seu olhar, o ômega percebeu que na realidade, a grande muralha que bateu era um alfa. Um alfa alto demais para seu próprio gosto e que naquele momento o olhava com um desgosto quase que palpável.
- Desde quando deixam cegos serem garçons? - Disse o alfa com rispidez, o olhando ainda com desgosto e superioridade, enquanto tentava limpar a bagunça de champagne que estava em seu terno e camisa.
- Desde quando permitem que brutamontes fiquem pelo caminho? - Rebateu o ômega com deboche, recusando-se a retesear em frente a aquele alfa metido.
- Você por acaso sabe com quem está falando, ômega? - O alfa desconhecido disse rudemente.
Se Louis fosse sincero, considerando a gente que estava atendendo, provavelmente aquele alfa devia ser alguém importante, talvez algum empresário ou filho de alguém muito rico, talvez até um político renomado... Mas ele não se importaria com isso no momento. Ele estava cansado, droga! Aquelas bandejas pesavam e ele não derrubou aquilo por querer, então aquele alfa não precisava ser tão grosseiro por um mero acidente.
- Eu devia saber? - Rebateu novamente, empinando o nariz e finalmente olhando nos olhos daquele alfa idiota. E, meu deus, que olhos. Eles eram verdes. Extremamente verdes. Como uma esmeralda, ou então uma floresta bem arborizada, eles contrastavam bem com a pele branca e com os cabelos castanhos longos que caiam como castatas nos ombros do alfa. Percebendo que estava encarando demais, Louis pigarrou e desviou o olhar. - Olha... Eu não fiz de propósito, tá bom? - Disse apressadamente, já tentando sair dali para chamar alguém para limpar sua bagunça.
- Qual o seu nome, ômega? - Perguntou o alfa o segurando seu braço e o impedindo de sair.
- Tire suas mãos de mim. E não me chame dessa forma. Você não é nada meu para ficar me chamando de ômega. - Disse puxando o braço das mãos daquele alfa babaca.
- Eu não sei seu nome. E foi você, garçom, que esbarrou em mim. Então se eu digo que é para me dizer seu nome e ficar aqui, é o que faz. É pago para isso.
- Eu sou pago para servir as mesas e as pessoas ao redor do salão, não para ficar aturando um riquinho idiota. - Disse e tentou sair novamente, mas foi mais uma vez impedido, quando o babaca ficou em sua frente, impedindo a passagem. - Eu já disse que foi um acidente, dá para me deixar em paz? - Perguntou, já frustrado.
- Ninguém fala assim comigo, garçom. E se você não responder o que perguntei, vou chamar seu supervisor. - Ao ver que o alfa não estava brincando, Louis engoliu seco e decidiu apenas responder.
- Meu nome é Louis Tomlinson. Como eu já te disse, eu não derrubei as bebidas em você de propósito. Nunca trabalhei com isso e estou cansado, ok? - Falou tudo de uma vez, levantando o olhar para encarar o alfa, que o olhava de forma avaliativa.
- Se não consegue carregar uma simples bandeja, não me surpreende de não ter um emprego melhor. - Assim que ouviu aquilo, Louis semiserrou os olhos. Aquele cara era um verdadeiro babaca.
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My Devil Boss - L.S (ABO)
FanfictionLouis Tomlinson, um ômega Lúpus determinado a conquistar sua independência, vê seus planos ameaçados após conseguir um trabalho em um evento de luxo. Lá, ele se envolve em um desentendimento com Harry Styles, que é um alfa Lúpus e um dos empresários...