O valor de um sorriso

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Lembrete: essa fanfic é +18 com avisos e gatilhos

(Para saber mais, leia a sinopse)

Childe estava com os pés em cima de sua mesa do escritório enquanto inspecionava e girava em seus dedos finos um leve pacote embrulhado com o lenço elegante que daria para uma certa pessoa igualmente elegante. O seu rosto pálido e juvenil era inexpressivo com os olhos azuis sem vida fixos voltados para o presente.

Childe olhou para os cinco soldados Fatui que estavam em pé na frente de sua mesa. Ekaterina estava no meio e um passo a frente, a cabeça abaixada como os seus quatro amigos. Havia um ar de arrependimento e culpa rondando entre o grupo.

Tartaglia soltou um bufo pelo nariz, tornando a colocar o presente na mesa junto com mais sete presentes que ele encontrara nos armários de seus subordinados. O Mensageiro puxou a cadeira para mais perto da mesa enquanto se endireitava no assento, adotando uma postura dominante ao cruzar os braços em cima da superfície de madeira.

- E então? – falou Tartaglia – Vocês têm algo a me dizer?

O silêncio continuou.

- Imaginei que vocês não falariam nada.

Tartaglia continuou sorrindo levemente enquanto passava os olhos por cada um dos soldados cabisbaixos.

- Vocês acham que eu não perceberia? – indagou o ruivo – Vocês querem que eu dê presentes para Zhongli para ganhar os seus favores e vocês serem beneficiados por me ajudarem, não é?

O silêncio persistiu, confirmando as suspeitas do Mensageiro.

Tartaglia riu de canto. Os seus queridos subordinados estavam planejando de juntar o ruivo com o consultor porque sabiam da verdadeira identidade do segundo.

A ganância desses soldados falara mais alto que a lealdade por ser chefe.

Tartaglia encostou as costas na cadeira, fazendo um gesto com a mão direita como se fosse para afastar os cinco soldados da sua frente.

- Saiam daqui! – ordenou Tartaglia – Eu não quero mais saber...

- E se dissermos que fizemos tudo isso porque o Chefe e o senhor Zhongli combinam juntos? – arriscou Mikhail.

- ... de vocês escondendo todos os presentes que compraram para xiansheng! – continuou Childe, batendo uma mão em cima da mesa – Me contem cada passo dos seus planos! Estão entendidos?!

Os cinco fatuis ergueram as suas cabeças radiantes e responderam um "sim!" em uníssono.

- Ótimo! – exclamou Childe – Agora, saiam!

Sem mais um "piu", os subordinados saíram do escritório de seu chefe, pensando nos próximos presentes que comprariam para o jovem ruivo dar ao seu querido pretendente.

Childe jogou-se na cadeira, as costas deslizando pelo encosto. Ele bateu uma mão em seu próprio rosto, sentindo a pele quente sob a sua palma. Como ele não iria ficar envergonhado? Os seus subordinados tinham a ousadia de acharem que ele e o consultor combinavam juntos.

Mas e se for verdade? E se realmente combinavam juntos?

Childe balançou a cabeça, afastando estes pensamentos antes que uma esperança crescente surgisse. Não era idiota demais esperar que Zhongli, o ex-Arconte Geo, vivo por milhares de anos, seria recíproco pelos sentimentos de um mero mortal? Além do mais, quem era ele aos olhos de Zhongli? Childe era apenas um mortal leal demais a uma Arconte de gelo e seguiu por vontade própria a sua ordem de quase destruir a nação de Rex Lapis.

O Deus DouradoOnde histórias criam vida. Descubra agora