22 - Festa

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NO OUTRO DIA, aquele assunto foi totalmente esquecido. Como sabíamos que nada havia acontecido entre nós, estávamos seguindo a vida normalmente.

Eu contei pra todo mundo da Mari e das festas na praia, e eles me responderam que iam em uma festa essa noite. Mandei mensagem para ela, que me respondeu logo em seguida dizendo que encontraria com a gente lá.

Tomamos café no hotel conversando e depois fomos ficar um tempo na praia, nadando, jogando vôlei, brincando de pega pega, comprando óculos escuros e tererês, etc...

Passamos um bom tempo lá e almoçamos naquele mesmo restaurante em que eu fui ontem. Pedi uma coisa diferente e eles amaram a comida assim como eu.

Quando deu 16 horas, voltamos pro hotel para arrumarmos de uma vez para a festa.

~~

Depois que estávamos prontos, (roupa fresca com roupa de banho por baixo) fomos para a praia e encontramos com a Marina lá. Nos cumprimentamos e ela nos apresentou duas amigas dela, Luíza e Isabela. Do nosso grupo original, só eu e Matt optamos por não bebermos nada, não queria ficar de ressaca no Rio, queria aproveitar e me lembrar de tudo no final.

Ficamos conversando um pouco em uma mesa perto do mar e resolvi ir pegar uma bebida.

Estava a caminho do bar quando sinto uma mão me dando um tapa na minha bunda. Olhei para trás e vi um cara grande, musculoso de dar medo que eu nunca tinha visto na minha vida. Ele tentou me agarrar e comecei a gritar. Matt veio correndo em minha direção e começou a avançar pra ele. Meus amigos viram o movimento e vieram ajudar.

- EI, NÃO ENCOSTA NELA! - matt disse indo pra cima dele como se fosse começar uma briga.

- E quem é você pra me mandar fazer alguma coisa? - O idiota falou. - O namorado dela? - Ele disse isso ainda tentando me agarrar e eu estava me esquivando.

- SOU, E AÍ? - Matt respondeu. - VAI FAZER O QUE?

- CONTINUAR O QUE COMECEI. QUANDO COMEÇO NÃO PARO, ESSE É MEU LEMA. - NOJENTO

Então Matt pulou pra cima dele e deu um soco em seu rosto gigantesco.

- MATT! PARA! - Gritei. Não queria que ele se machucasse por minha causa, até porque o cara é o dobro do tamanho dele. Como o Idiota foi pego de surpresa, caiu no chão mas logo se recompôs e deu um soco no olho do Matt. Nesse meio tempo, Madi havia chamado a polícia e eles pegaram o gigante. Fui até Matt e dei um abraço muito forte nele. - Por que você fez isso, Matt? Vamos pro quarto, vou cuidar de você.

- Tá tudo bem, nunca deixaria ninguém encostar em você desse jeito. - Guiei ele até o hotel.

- Não, não está tudo bem, você se machucou por minha causa, não gosto disso. Está doendo?

- Não, não está. Relaxa, para de pensar assim. - Chegamos na recepção e fui até o elevador. O recepcionista olhou assustado para ele e quando ele ia oferecer ajuda eu disse que não precisava.

- Tá, vamos pro quarto.

~~

Chegamos lá, sentei Matt em nossa cama e fui ao banheiro pegar o KIT de primeiros socorros.

Me olhei no espelho e percebi que estava toda suja de areia e a parte em que o gigante havia me batido estava vermelha. Não liguei pra isso, apenas limpei a areia de mim e fui pra onde Matt estava. Reparei que ele estava evitando olhar para meu corpo, mas não estava conseguindo.

Me sentei do seu lado e comecei a fazer um curativo em seu machucado.

- Obrigado. - Ele disse.

- Não precisa agradecer, você fez muito por mim hoje. - Eu disse limpando a parte que estava roxa.

- Foi só o mínimo. - Ele disse indiferente, como se isso não importasse.

Ficamos um tempo em silêncio. O fato de estarmos sozinhos no quarto me deixava ter aquela sensação de borboletas no estômago de novo.

- Matt, posso te fazer uma pergunta? - Perguntei receosa.

- Pode. - Ele disse com a mesma expressão de antes.

- Por que você disse que era meu namorado? - Continuei fazendo o curativo.

- Não sabia o que falar, achei que fosse a melhor coisa a fazer no momento. - Ele se aproximou um pouco.

- Mas, sabe... você... - Hesitei. - Não, deixa pra lá.

- Fala. Pode falar. - Ele disse, cada vez mais perto.

- Você gostaria se fossemos? - Perguntei.

- Nunca pensei no assunto, na verdade. Mas não seria ruim. - Ele não afirmou. Mas isso com certeza não é uma negação. Né?

- Ah, tudo bem então.

- Só isso?

- Acho que sim.

- E você? - Perguntou. Demorei um pouco para responder, pensando no que falaria.

- Eu iria gostar sim. - Disse com muito medo do que viria a seguir.

- E o que vamos fazer a respeito? - Cada vez mais perto.

- Não sei... O que sugere? - Perguntei parando de mexer em seu olho e me aproximando.

Em vez de me responder, chegou ainda mais perto de mim. Agora eu consigo sentir sua respiração em minha boca que paralisou. Não conseguia me mexer mais nenhum centímetro. Bem na hora em que ele ia me beijar, ouvimos batidas na porta.

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Matt Sturniolo - Mais que amigosOnde histórias criam vida. Descubra agora