𝟎𝟏

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 Yeosang olhava emburrado para a paisagem sem graça do lado de fora, os braços cruzados e um enorme bico enfeitando os lábios

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Yeosang olhava emburrado para a paisagem sem graça do lado de fora, os braços cruzados e um enorme bico enfeitando os lábios. Junghee, no banco em frente, suspirou fundo tentando manter sua calma. Às vezes, Yeosang agia um tanto quanto mimado, o que poderia ser resultado da linha sem limites tecida por sua mãe.

— Yeosang, eu não entendo. Há um dia atrás estava me implorando para estar aqui, o que aconteceu para lhe fazer mudar de ideia?

— Nada. Eu só percebi que é perigoso de mais. Eu não quero ir.

— Irá perder as aulas então. Não dá para consertar um carro num estalar de dedos, ou com um pensamento positivo.

Kang mordeu o lábio inferior, sabia que estava sendo birrento e chato naquele momento, mas, seu medo de vir a encontrar aquelas sete pessoas era muito maior que qualquer outra coisa.

— É medo do seu pai descobrir? Olhe, apenas nós dois sabemos disso aqui, se eu não contar a ele, ninguém vai.

— Não é isso…— Yeosang suspirou fundo, engolindo a sensação ruim que se acumulava em sua boca, segurando sua mochila nas mãos.— Me avisa quando estiver tudo certo com o carro, e se puder, me busque na universidade hoje.

— Vou dar o meu máximo.

— Obrigado.

O garoto sorriu curto, saindo do veículo, enfim. Seu coração palpitou forte no peito apenas por encarar a entrada e saída do lugar, sua mente forçando sua ansiedade a crescer enquanto imaginava aqueles rostos passando pela passagem na repentina. Yeosang nem saberia para onde poderia fugir.

— Tchau, Junghee-hyung, se cuida.— Acenou em despedida para o mais velho através da janela, recebendo em troca o sorriso deste.

Yeosang firmou um aperto nas alças da mochila enquanto se dirigia para a estação, sempre atento às pessoas que passavam ao seu lado. Kang não entendia o porquê desse medo todo, eles não se recordava de si, o que era triste e doloroso, pois nunca foi capaz de esquecer sequer um mínimo detalhe deles. Além de quê, pareceram acreditar na desculpa idiota que inventou. Era tão burra que se achou um grande palhaço quando estava sozinho em seu quarto, enterrando a cara nos travesseiros para esconder sua vergonha avassaladora de ninguém, além da sua própria pessoa.

Talvez, o medo estava na possibilidade de descobrirem quem realmente era. Não podia sequer imaginar algo assim, seria uma tragédia; sabia que a situação era como uma tempestade esperando o momento certo para estourar. Yeosang não iria dar brecha para isso acontecer.

No entanto, mesmo que seu racional pensasse assim, seu coração gritava outra coisa. Era o certo se manter longe, viveu doze anos sem eles, poderia facilmente viver a vida inteira. Mas sentia tanta felicidade por vê-los outra vez, que não cabia dentro do seu corpo. Yeosang tinha medo; isso é fato. Mas também tinha vontade, vontade de estar perto mais uma vez, de rir junto sem preocupações, como era quando eram crianças.

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⏰ Última atualização: Sep 05 ⏰

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