Encontro com os amigos

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Era uma tarde ensolarada de sábado em Nova Iorque, e a cidade vibrava com seu habitual movimento. Gustavo, Ana Flávia, e Aurora estavam a caminho de um encontro especial com os amigos do casal: Murilo, Gabi, Zé, e Virginia. Todos já casados, o grupo se reunia regularmente para compartilhar histórias e momentos juntos, mas dessa vez, Aurora estava ansiosa para finalmente conhecer as amigas de Ana Flávia, que ela já ouvia falar tanto.

Enquanto caminhavam em direção ao elegante apartamento de Murilo e Gabi, Aurora segurava a mão de Ana Flávia, olhando ao redor com os olhos brilhando de curiosidade. Gustavo, caminhando ao lado, estava radiante. A cada passo, sentia-se mais conectado àquela pequena família que, sem ele perceber, se formava ao seu redor.

Chegando ao prédio, o porteiro abriu a porta com um sorriso, cumprimentando-os enquanto subiam até o andar dos amigos. Assim que a porta se abriu, Gabi correu para abraçar Ana Flávia. "Amiga! Quanto tempo!" – exclamou, enquanto Murilo sorria ao fundo, segurando uma taça de vinho.

Virginia e Zé também já estavam lá, e rapidamente as conversas começaram a fluir. Gabi, sempre efusiva, foi logo abraçar Aurora, que estava tímida, mas encantada com toda a atenção. "Você é ainda mais fofa do que a Ana descreveu, Aurora!", disse Gabi com carinho, o que fez a pequena sorrir tímida, escondendo o rosto no braço de Ana Flávia.

Enquanto os adultos conversavam e riam, Aurora não demorou a se enturmar. Gabi e Virginia trouxeram alguns brinquedos para ela, e logo a menina estava brincando no tapete da sala com Zé e Murilo, que competiam para ver quem fazia as piadas mais bobas para fazê-la rir.

Murilo, conhecido por ser o chef do grupo, logo se aproximou com uma bandeja de petiscos preparados com cuidado. "Aqui estão as delícias da casa", disse ele, colocando a comida sobre a mesa. "Ana Flávia, essa receita é especial para você!" Ela riu, lembrando-se das muitas vezes que Murilo havia prometido cozinhar para ela quando eram mais jovens.

Enquanto isso, Gustavo e Zé conversavam sobre trabalho e como a vida havia mudado desde que se tornaram pais. "Cara, não é fácil, mas quando você vê a alegria de uma criança, faz tudo valer a pena", disse Zé, olhando para Aurora e rindo enquanto ela brincava com um ursinho.

Ana Flávia estava envolvida em uma conversa profunda com Virginia e Gabi, rindo sobre histórias antigas e relembrando os tempos de escola. "Lembra quando saíamos para festas e dançávamos até de madrugada?", perguntou Gabi. "Agora somos mães e casadas. Como as coisas mudam, né?"

"Sim, e ainda bem que mudam", respondeu Ana Flávia, sorrindo para Gustavo ao longe, sentindo um calor no coração ao vê-lo tão integrado naquela nova fase de sua vida.

As horas passaram rápido, e logo a noite caía sobre a cidade. Murilo, sendo o anfitrião, anunciou que a refeição principal estava pronta. A mesa estava linda, decorada com flores e velas, e o cheiro delicioso da comida preenchia o ambiente. Todos se sentaram, Aurora no colo de Ana Flávia, rindo e brincando com todos à mesa.

Enquanto comiam, Gustavo e Ana Flávia trocavam olhares cúmplices, como se não precisassem de palavras para se entender. O vínculo entre eles só crescia, e os amigos notavam isso. "Vocês dois estão tão bem juntos", comentou Gabi, piscando para Ana Flávia. Ela apenas sorriu, sem responder, mas sentindo o coração bater mais forte.

Após o jantar, Aurora começou a ficar sonolenta, e Gustavo a levou até o sofá para que ela pudesse descansar um pouco. Enquanto isso, os adultos continuaram a conversar, brindando à vida, ao amor e às amizades que resistem ao tempo.

Já era tarde quando Gustavo e Ana Flávia decidiram que era hora de ir para casa. Aurora, já adormecida, foi cuidadosamente colocada no carro, e eles se despediram dos amigos com promessas de novos encontros em breve.

No caminho de volta, o silêncio confortável entre Gustavo e Ana Flávia era quebrado apenas pelos suspiros leves de Aurora no banco de trás. Gustavo, com uma das mãos no volante, pegou a mão de Ana Flávia suavemente. "Foi um ótimo dia", disse ele, olhando-a com um sorriso.

"Foi mesmo", ela concordou, apertando a mão dele de volta. "E sabe, eu estava pensando... Estou tão feliz por estar aqui, com você e Aurora. Parece que tudo está se encaixando de um jeito que eu nunca imaginei."

Ele sorriu mais ainda, sentindo uma profunda paz ao lado dela. "Eu também sinto isso", respondeu. "Acho que estamos construindo algo muito especial aqui."

Chegando em casa, Gustavo colocou Aurora na cama, enquanto Ana Flávia preparava um chá na cozinha. Quando ele voltou para a sala, encontrou Ana Flávia sentada no sofá, olhando para o vazio, como se estivesse refletindo sobre o dia.

"Algo errado?", perguntou ele, sentando-se ao lado dela.

"Não, nada errado", disse ela, virando-se para ele com um sorriso suave. "Na verdade, está tudo tão certo que às vezes parece um sonho."

Ele riu e a puxou para perto, beijando suavemente sua testa. "Se for um sonho, espero que nunca acabemos acordando."

Enquanto ela fechava os olhos, aproveitando aquele momento de calmaria, o telefone dela tocou, quebrando o silêncio. Era sua mãe.

"Oi, mãe!", disse Ana Flávia, surpresa com a ligação.

"Oi, filha! Eu só queria avisar que seu pai e eu estamos indo para Nova Iorque na semana que vem. Já faz um tempo que não nos vemos, e estamos morrendo de saudades de você."

Ana Flávia sorriu, sentindo um misto de alegria e nervosismo. "Claro, mãe. Vou adorar ver vocês. Nova Iorque vai ser ainda mais especial com vocês aqui."

Após desligar o telefone, ela olhou para Gustavo, que a observava com curiosidade. "Meus pais vêm na semana que vem", disse ela, com um pequeno sorriso no rosto.

"Isso vai ser interessante", respondeu Gustavo, rindo baixinho. "Mal posso esperar para conhecê-los."

E assim, o encontro com os amigos terminava, deixando uma sensação de tranquilidade e alegria no ar, mas já com a expectativa de novos momentos à frente.

Entrelaçados pelo Amor - Miotela Onde histórias criam vida. Descubra agora