Pelo bem daqueles que amamos

Capítulo 5

Olá! 👋 😊

Sejam bem-vindos ao quinto capítulo da nossa jornada em Eurália! Preparem-se, pois este capítulo está um pouco mais longo que os anteriores, e aborda temas sensíveis (distúrbios alimentares e transtornos de personalidade).

Espero que gostem da forma como esses temas foram abordados, sempre com respeito e sensibilidade. Lembrem-se de que, se precisarem, busquem ajuda profissional.

E não se esqueçam de deixar seus comentários e impressões sobre o capítulo! Adoro saber o que vocês estão achando da história e dos personagens.

💖✨Boa leitura!✨💖

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     O colchão improvisado no chão da sala de Law acolhia os três amigos em um abraço silencioso. O ar ainda carregava o peso da noite anterior, uma mistura inebriante de suor, lençóis amassados e a lembrança de prazeres intensos. O cheiro de Marco, uma combinação sutil de tabaco e loção pós-barba, ainda impregnava o ambiente, despertando um calor familiar no peito de Ace. Marco, exausto após a intensa entrega, dormia profundamente ao lado deles, o peito nu subindo e descendo em um ritmo lento e tranquilo. A luz da lua que se infiltrava pela janela desenhava as sombras de seus músculos definidos, um lembrete silencioso da força e da paixão que ele escondia sob a fachada gentil.

     Law, com sua costumeira insônia, observava Ace, que permanecia acordado, os olhos fixos no teto, perdido em pensamentos. O silêncio da madrugada era quebrado apenas pelo suave ronco de Marco e pela respiração leve de Ace.

     — Luffy se formou. — Law quebrou o silêncio, sua voz grave e suave cortando a quietude da madrugada. — Deve ser um alívio para você.

     Um sorriso melancólico se formou nos lábios de Ace, seus olhos brilhando com um misto de orgulho e apreensão.

     — É, ele finalmente conseguiu. — A alegria momentânea deu lugar a uma expressão pensativa. — Agora posso... respirar um pouco, sabe? Ter mais tempo para... outras coisas.

     Law arqueou uma sobrancelha, intrigado.

     — Tipo o quê? — Ele se apoiou em um cotovelo, o cansaço evidente em seus olhos, mas a curiosidade genuína em seu tom de voz.

     Ace deu de ombros, a incerteza evidente em seu gesto.

     — Eu não sei ao certo... — Ele suspirou, a voz carregada de um peso invisível. — Acho que preciso descobrir quem eu sou, fora do papel de irmão mais velho. — As emoções conflitantes transpareciam em suas palavras, cada sílaba carregada de um misto de ansiedade e esperança. — É estranho... Depois de tanto tempo cuidando deles, agora me sinto meio perdido.

     Law assentiu, compreendendo a sensação de vazio que Ace experimentava. Ele se lembrava de quando Ace, ainda um adolescente problemático, havia tentado tirar a própria vida. Law o salvara naquela noite, e desde então, os dois haviam construído uma amizade profunda e inabalável.

     — Como você tá lidando com tudo isso? — Law perguntou, sua voz suave e acolhedora.

     Ace deu de ombros novamente, tentando disfarçar a incerteza que o corroía.

     — Estou bem. — A palavra soou hesitante, revelando a fragilidade que ele tentava esconder. — Quero aproveitar mais os momentos com as pessoas que importam pra mim.

     Law assentiu, compreendendo a necessidade de Ace de se reconectar com seus próprios desejos e vontades após anos dedicados aos irmãos.

     — Marco te ajuda a se encontrar?