Fuga

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Uma semana havia se passado daquele infeliz evento em Hawkins.

Joyce escondia as marcas de agressão do 'pai' e de Lonnie.

Hopper estava em uma situação "melhor". Quero dizer, comparado a Joyce.

A primeira batalha no Vietnã foi, digamos que, """boa""". Menos de 300 pessoas morreram.

A única batalha que menos de 300 pessoas morreram.

☆▪︎☆▪︎☆

A carta de Hopper chegou em uma sexta feira 13. A primeira carta.

Joyce não sabia se era um bom sinal. Ela acreditava muito nessas superstições.

Ela chorou ao ler a carta

Não é como se houvesse algo realmente triste mas, só de pensar como ele descreve sobre a saudade que sente dela, fazia seus olhos lacrimejar.

Ela se sentiu culpada por não ter confessado o quão ela o amava.

"E se ele morrer?"

"E se não voltar?"

"E se ele estiver machucado?"

"E se estiver sozinho?"

"E se ele voltar, mas eu estragar nossa amizade de anos falando que eu o amo?"

Esses eram os pensamentos de Joyce. Felizmente, todos errados.

Ele não iria morrer. Ainda mais com ela viva.

Ela estava preocupada com Hopper, ignorando completamente o fato de estar presa na casa de seu pai. Agora, ela era uma Rapunzel.

Era o castigo que seu 'pai' havia colocado. Se saísse para qualquer lugar, os amigos do homem que 'cuidava' dela o avisavam.

No final, ela sempre se machucava. Mesmo se saísse ou ficasse.

Seus ferimentos no pescoço estavam péssimos, do resto do corpo então, nem se fala. Ela já havia tentado cortar os pulsos, sua sorte, foi que Karen a impediu.

Karen era seu anjo. Enquanto Hopper estava na guerra, a loira ajudou ela em momentos difíceis.

Karen já havia denunciado Lonnie e Sr. Maldonado para o pai de Jim, que era policial, mas não adiantou em nada.

Jim era muito bom para ser filho daquele pedaço de merda.

Com a morte do avô de Hopper, o pai assumiu o controle. E o perdeu. A cidade era calma, mas mesmo assim havia violência.

-Oi Joy... Oh Joy.- foram as primeiras palavras que Karen disse ao ver a amiga.

-Eu não vou aguentar Karen...- Joyce a abraça chorando.

-Vem Joy- a maior puxa o braço da outra que tenta resistir.

-Não! Eles podem te matar Karen... ou pior

Ela obviamente queria proteger a amiga

Joyce sempre colocou a segurança na frente de si mesma. Tanto Hopper quanto Karen odiavam isso.

Uma vez, Karen havia se metido em sua primeira briga, nem a loira nem a outra menina se lembravam do motivo sobre o que estavam brigando. O primeiro intuito de Joyce, foi pular para a briga para salvar a amiga que estava sendo espancada. Assim, Joyce acabou com o conflito. Mas saiu com um olho machucado e com dois arranhões fundos na perna.

Ela também já salvou Hopper diversas vezes. Tanto em brigas, como com problemas psicológicos.

Partia o coração de Karen, Jim ou qualquer outra pessoa que tivesse coração ver a pequena garota naquele infeliz estado.

Elas começam a ter uma pequena discussão. Karen queria fugir com Joyce, é Joyce queria a segurança de Joyce. Pareciam duas coisas desconexas naquele momento.

As garotas são interrompidas ao verem o carro do Sr. Maldonado. Elas imediatamente pulam para um arbusto que estava próximo a elas.

-Tem alguém aí?- Quem sai de dentro do veículo é a mãe de Joyce. Ela estava descabelada e com um copo de cerveja  na mão.

Karen e Joyce começam a correr.

-Ei! Joyce!- a mulher adentra a casa e vê o 'marido' dormindo.- Richard! Ela fugiu!

☆▪︎☆▪︎☆

-Ei... será que a carta já chegou?- Jim questiona aos colegas de quarto.

-Bom se passou algum tempo...- o homem de cabelos negros encaracolados fala fitando algum dicionário.

-Olhe, não me levem a mal, mas será que não seria melhor treinarmos ou estudarmos ao invés de conversarmos sobre cartas?- Wenner fala tentando ser delicado. Era estranho ver um homenzarrão daqueles falar em tom dócil. Pensando bem, Hopper era do mesmo jeito com Joyce.

-Eu estou fazendo algo útil!- Murray fala se sentindo ofendido.- Estou conversando com meus novos colegas enquanto aprendo Russo!

"Russo... Por que raios ele esta aprendendo Russo no Vietnã... e em meio de guerra?" Era isso que Hop e Wenner pensavam

-Por que você está aprendendo Russo e não Vietnamita?- Wenner fala obviamente confuso.

-vì tôi đã biết tiếng Việt rồi!- (Porque já sei vietnamita).

  "Ele é maluco. Maluco, louco, não tinha uns 15 parafusos na cabeça". Novamente, Jim e Wenner pensavam simultaneamente.

-Теперь, если вы меня извините, я собираюсь продолжить изучение русского языка.- (Agora, se me dão licença, vou continuar estudando russo).

Os outros dois homens não entenderam o que ele falou, apenas concordaram.

-Atenção soldados! Todos no quartel imediatamente!- o general fala (grita com voz de fumante) no microfone.

                      
☆☆☆☆

Ooi, d boa?

Queridos leitores de Jopper, irei colocar essa fic no modo maduro, pois ela irá ficar mais pesada.

Até

Jopper - Cartas mortas para meu amorOnde histórias criam vida. Descubra agora