A tempo?...

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30 minutos antes...

Linn chegara em sua casa, e logo que abre a porta percebe seu irmão focado jogando. Assim que entra, decide conversar com seu irmão.

- O que você ta jogando, Azedo? - Pergunta o loiro, sentando-se no sofá ao lado do garotinho.

- Jogando né pateta - Diz Azedo completamente focado.

Linn da uma leve risada, e em seguida, pausa o jogo de seu irmão.

- Ei! O que você pensa que ta fazendo-

Antes que pudera terminar sua frase, Linn rapidamente abraça-o, surpreendendo Azedo.

- Eu te amo, você sabe né? - Diz nosso querido loiro, aproveitando cada segundo de seu abraço com seu irmão.

- Que papo torto é esse Linn?

- Só queria que você soubesse o quanto eu te amo, é muito sabia? - Linn da uma leve risada.

Azedo completamente desorientado olha para o rosto de seu irmão com um olhar confuso.

- Eu sei... Ué? Por que isso do nada Linn?

- Por nada, só queria que você soubesse, só não esquece de ver o presente que eu te deixei na sua cama, ta bom?

- Claro que eu não vou esquecer - Diz Azedo despausando o jogo.

Antes que o loiro pudesse subir as escadas que levavam a seu quarto, ouve seu irmão falar:

- Eu também te amo, Linn.

Momento Atual...

- MORAJO - Azedo rapidamente responde quando percebe que a ligação foi atendida, chorando desesperadamente começa a falar - O LINN NÃO ACORDA, POR FAVOR ME AJUDA!

Era tarde demais, Morajo sente um aperto no peito, e se ao invés de ir ler a carta, tivesse seguido Linn? Teria talvez sido diferente?

"Não adianta pensar nisso agora", dizia a si mesmo, tentando amenizar a dor para poder ajudar Azedo.

- Se acalma Azedo, me fala o que aconteceu - Morajo fala com a voz tremula e desesperada, engolindo o choro - Você chamou a ambulância?

- E- Eu tava jogando, até que eu ouço um barulho muito alto do quarto do Linn, e quando eu chego lá, ele tava caído no chão! - Azedo chora descontroladamente, sendo difícil de compreender o que era dito – Ai tentei ligar para a ambulância, mas eles falaram que iam demorar, ai eu tentei ligar pro Torajo e pra Zulmi, mas eles não me atendiam, – O garotinho começa a chorar mais e mais – Por favor Morajo, me ajuda! Ele não acorda!

O ruivo não acreditava no que ouvia, não sabia o que fazer, até que decide tomar uma atitude e sai correndo de casa, em quanto se mantem em ligação com Azedo.

- Azedo, eu preciso muito que você me ouça... - Enquanto corria pela rua o mais rápido que podia, o ruivo engole seco, com receio de dizer tais palavras a uma criança – Veja se o Linn ainda ta respirando...

Um silencio se instala...


Mais silêncio...

- Azedo? Você ainda ta aí?

- Você acha que meu irmão ta morto? - Diz Azedo, choroso, sentindo até seus ossos tremerem.

- Azedo...

- VOCÊ ACHA QUE MEU IRMÃO TA MORTO?! – Grita o garotinho, dando para conseguir sentir seu desespero em sua voz.

- Por favor Azedo, preciso que você faça isso, não por mim, mas pelo seu irmão... Eu prometo te explicar tudo depois... – Tentava persuadir o garoto.

Morajo ouve o som do celular sendo colocado no chão, e quando alguns segundos se passam, o ruivo ouve sons de choro alto, naquele momento, esperava o pior.

Por mais que o chamasse toda hora, Azedo não respondia o telefone, deixando Morajo cada vez mais nervoso o fazendo correr mais rápido.

- AZEDO? POR FAVOR ME RESPONDE! – Gritou Morajo desesperado e ofegante, cada vez mais cansado.

- Ele... Ele ta respirando Morajo! - Diz Azedo chorando alto e incontrolavelmente.

Morajo já estava a poucos metros da casa de Linn, nunca em sua vida havia corrido tão rápido. Quando entra na casa, encontra Azedo com Linn em seus braços, chorando intensamente com um frasco inteiro de aspirinas completamente vazio do seu lado.

Antes de dizer qualquer coisa, Morajo pega Linn em seus braços, e tenta faze-lo acordar a todo custo.

-Azedo, presta atenção, preciso que você seja forte agora. - Morajo olha firmemente para o garotinho - Pega água na cozinha, e depois, preciso que você vá para seu quarto, eu vou cuidar do seu irmão partir daqui.

Azedo fungou o nariz.

- V- Você P- Promete? - Falava o garotinho em uma voz tremula.

- Eu... - Morajo olha para Linn, depois volta seu olhar a Azedo - Eu prometo.

Com esperança de que Morajo cumprisse com sua promessa, o garotinho corre em direção a cozinha, e no momento seguinte vai para seu quarto e começa a ligar novamente para ambulância desesperadamente.

"Por favor, Linn... Não me deixa assim... Não agora...", era o que Morajo pensava a todo momento.

Enquanto o Morajo apoiava Linn em seu braço de um jeito que não parasse de respirar, ele começa a molhar levemente o rosto do loiro com água extremamente gelada, na esperança de que ele acordasse.

Passaram-se 5... 10... 15... Se passaram 30 minutos e nada da ambulância, "Onde ta essa maldita ambulância? Mas que porra!" Era o que pensava, enquanto estava em um desespero constante, pois, carregando a tensão de não deixar seu amado morrer.

- Por favor, Linn... Acorda...

Enquanto murmurava, Morajo começou a ouvir leves tosses, e sente o movimento de Linn em seu colo, ele estava acordando.

Quando Morajo viu Linn abrir os olhos, não conseguiu conter suas lágrimas.

- Puta merda Linn... Por quê?... - Morajo começa a chorar - Por que você tentou me deixar?

Linn completamente atordoado não sabia o que pensar, não era para estar morto? o que havia acontecido?

Enquanto tentava recobrar sua consciência, finalmente percebe que quem estava a sua frente era Morajo, chorando tanto quanto jamais tinha visto.

- Morajo?... É você?...

Antes que pudessem conversar ou justificar qualquer coisa, Azedo invade o quarto.

- A AMBULÂNCIA CHEGOU, MORAJO! ELA CHEGOU! - Diz Azedo lacrimejando.

Sem nem pensar duas vezes, Morajo pega Linn no colo e rapidamente correm para porta de entrada, onde tinha 2 paramédicos esperando.

Mesmo sem entender seus motivos, mesmo sem saber o porque, ele não poderia deixar Linn morrer, não enquanto o amasse.

Atenciosamente, Morajo - MorallinOnde histórias criam vida. Descubra agora