Capítulo 105

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"Edith......?"

"Lizé, o que você está fazendo aqui?"

"Só checando a fechadura da porta. O que você está fazendo a essa hora, Edith?"

"Eu estava prestes a verificar a fechadura da porta também. Parece que estamos muito preocupados."

Eu ri secamente.

Fiquei um pouco surpreso ao ver Lizé no local onde a Edith original instalou o sistema antibloqueio, mas ela disse que estava apenas verificando a fechadura da porta.

'É isso que eles chamam de pernas dormentes de ladrão [1] ?'

[1] As pernas de um ladrão ficam dormentes é uma expressão idiomática que significa: Um estado em que uma pessoa se sente automaticamente desconfortável porque fez algo ruim, preocupada que os outros descubram.

Fui até Lizé, tranquei a porta dos fundos, agarrei a maçaneta e a sacudi algumas vezes.

A porta permaneceu firmemente trancada.

"Parece que as coisas estão bem aqui, Anna e eu já verificamos o corredor leste, agora vamos para o corredor oeste."

"Eu verifiquei o corredor oeste..."

"Então você pode verificar o corredor leste e eu verificarei o corredor oeste, porque será mais preciso se fizermos isso duas vezes."

"Eu acho que sim."

Acenei para Lizé, que ainda estava pálida, e então caminhei com Anna em direção ao corredor oeste.

'Nada vai acontecer, nada vai...'

Repeti as palavras como se fossem um mantra.

Recusei o último aviso dos Riegelhoffs para cooperar com eles e não instalaria nenhum dispositivo estranho na porta dos fundos.

Todos os dias, eu verificava cada canto da mansão para ter certeza de que não havia nenhum incenso para dormir.

Já faz uma semana que não entro na porta dos fundos da mansão todas as noites. Eu ficava dizendo a mim mesmo que tudo ficaria bem.

Como de costume, verifiquei a porta dos fundos enquanto Anna verificou o corredor que dava para o armazém.

'Huh?'

A porta traseira, que normalmente trava com um clique sólido, fez um barulho de rangido, me dando a sensação de que não estava trancada corretamente.

'Sem chance......!'

De repente, meu coração começou a bater rápido.

Abri a porta dos fundos e vi que Anna ainda não havia saído do corredor do lado do armazém, e tateei dentro da abertura em busca da fechadura.

Toquei em algo quadrado e de textura estranha.

'Não, isso não pode ser...'

Mesmo sabendo que não podia ser, tirei o "algo" com a unha, coloquei-o no bolso e fechei a porta traseira novamente.

Mesmo sabendo que não podia ser, tirei o "algo" com a unha, coloquei-o no bolso e fechei a porta traseira novamente.

-baque.

A porta dos fundos trancou firmemente com o mesmo som de sempre.

Senti um arrepio percorrer minha espinha e minhas costas estavam úmidas de suor frio.

"Perder......?"

"Eh! Hein?"

Pensei que fosse Anna, mas uma das empregadas que estava carregando a roupa para lavar estava me olhando de forma estranha.

Eu pensei que fosse uma transmigração comumOnde histórias criam vida. Descubra agora