Capítulo 66

35 5 0
                                    


Ela lia um livro, fazia uma caminhada, tomava sol ou bebia chá e parecia estar em paz consigo mesma.

Se havia uma coisa que a diferenciava das outras jovens, era que ela não traçava uma "linha" ao lidar com seus subordinados.

Todos os servos que lidam com nobres sentem isso; eles não pensam nos plebeus como "pessoas" da mesma forma que pensam em si mesmos.

Não importa o quão generosos e compassivos eles sejam, eles sempre impõem limites.

Mas não Edith.

"Vamos comer juntos."

A primeira vez que ela e Anna saíram para a Darsus Street, Edith casualmente compartilhou sua comida com Anna em um restaurante para almoçar.

Comer do mesmo prato que uma criada seria um constrangimento para uma nobre.

"Por que você não está comendo, Anna? Você não gosta disso?"

"Ah, não, não é isso... como eu poderia comer a comida de uma senhora."

"Huh? Então como eu vou comer tudo isso sozinho? Eu quero tentar isso, e eu quero tentar aquilo, e eu não consigo comer tudo sozinho, então é legal comer com você..."

"Você não está ofendido?"

"Huh? Por que eu faria isso?"

Olhando para a testa franzida e os olhos arregalados de Edith, Anna percebeu que não havia nada como "linha" com essa jovem.

"Se está tudo bem para você, mocinha, então está tudo bem para mim."

"Eu não estou doente... e você não ficará doente se comer comigo."

Ana, que era empregada doméstica há dez anos, nunca tinha visto um nobre preocupado com a relutância de seu servo em comer com ele.

Ela apenas achou que era incomum...

"Senhorita... por que você não disse nada até isso acontecer?"

O choque de ver as costas de Edith cobertas de hematomas ainda estava fresco em sua mente.

Suas costas, que deveriam estar lisas como leite, estavam uma bagunça horrível.

Provavelmente por uma empregada enviada por sua família.

"Como eu poderia te dizer isso?"

Edith respondeu com um sorriso fraco, como se não fosse nada.

'É minha culpa... Mesmo que ela tenha ficado tão quieta sobre isso, como eu não pude saber até que isso aconteceu com minha senhora!'

Os dez anos de orgulho de Anna como empregada doméstica foram destruídos.

Mal conseguindo conter a onda crescente de emoção, ela aplicou o remédio nas costas de Edith, enquanto seus ombros tremiam levemente.

'Perder......'

Edith não é uma mulher má, mas sim a pessoa mais frágil, tolerante e quieta que Anna já conheceu.

E ao contrário de Lizé, ela está realmente sem sorte...

Anna deu um tapinha na mão de Edith pela primeira vez. Foi um conforto sincero, embora ela esperasse ser chamada de empregada atrevida.

E Edith não ficou brava, não gritou alto, apenas soltou um suspiro trêmulo.

Depois disso, Anna apagou a linha que havia traçado com Edith.

Para ela, Edith é uma pessoa vulnerável que ela precisa proteger.

É por isso que ela ficou feliz em ver o relacionamento de Edith e Killian melhorar, e ela esperava que Edith tivesse uma vida de casada feliz.

Eu pensei que fosse uma transmigração comumOnde histórias criam vida. Descubra agora