Ser filha de Jhonny Lawrence não era algo que Helyna Lawrence adorasse contar para qualquer um, ela tinha um pai alcoólatra sem rumo na vida e com certeza ela não aceitaria ter o mesmo destino que ele.
A rotina era pacata e sem diversão alguma, apen...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Kreese era um louco.
Era tudo no que Helyna pensava durante a aula, além de Miguel, ele havia acabado de fazer com que a garota alimentasse uma cobra viva com um rato vivo, com certeza ele era algum tipo de psicopata ou tinha sérios problemas mentais, ainda estava se decidindo e qual dos dois ele se encaixava mais.
Ela observou em silêncio e com atenção ao lado de Falcão enquanto a cobra engolia o pequeno rato, esperou o amigo do lado de fora do dojo enquanto ele conversava com o sensei Kreese sobre a perca de alunos constante que tinham tido nos últimos dias. Falcão saiu alguns minutos depois já trocado.
- Bora pro hospital?
- Vamos.
- Ele perguntou por você - Carmen comentou com um sorriso - Na verdade foi a primeira coisa que ele fez antes de perguntar pelo sensei dele.
- É claro que ele perguntaria - Hely riu junto com a mulher - Como ele tá?
- Por que não pergunta para ele? - sorriu com carinho para ela - A situação anda complicada, não sei se ele vai conseguir voltar a lutar caratê um dia e você sabe como isso é importante para ele.
- Tudo bem, vou falar com ele - olhou para falcão que concordou com a cabeça - Obrigado por ter ligado Carmen.
- Você é uma boa garota, Helyna.
A Lawrence sorriu tentando se convencer de que o que Carmen disse sobre ela ainda era verdade, entrou no quarto em silêncio, parando a quatro passos da cama ao perceber o quanto Miguel estava avoado em seus próprios pensamentos, o viu balançar a cabeça negativamente e olhar para ela com um sorriso nascendo nos lábios. Helyna se aproximou abaixando para deixar um beijo cheio de saudade e felicidade nos lábios do diaz que correspondeu de imediato.
- Oi - ela sorriu fraco após o beijo - Como você tá?
- Inválido por tempo indeterminado - ele riu tentando quebrar o clima percebendo que a namora não tinha achado graça - É só brincadeira.
- Não precisa fazer isso, sou quem finge estar bem lembra? Você é o que demonstra - foi sincera se afastando um pouco para olhar bem para ele.
- Eu vi minha mãe falar com o médico hoje - admitiu com um olhar caído - Talvez eu não volte a andar, nunca mais - desviou o olhar para as próprias pernas, sua expressão era de puro desespero e desaprovação - Não podemos continuar, você merece mais do que isso, você é linda, inteligente e muito forte, meio irritadiça as vezes mas eu adoro isso em você, e agora eu sou só.. um garoto numa cama de hospital sem data para sair.
- Não fala isso - discordou mordendo a boca sem saber o que dizer - Eu.. eu preciso de você, se eu não tiver você por perto não consigo respirar, as coisas não tem graça e eu.. eu preciso mesmo de você - engoliu em seco o nó na garganta - E-eu.. eu perdi a única pessoa no mundo que entendia como eu me sentia de verdade e eu nem posso ir atrás dele por que não sei onde ele está! Eu não sei oque fazer eu.. sei que ele é o culpado por você estar assim e eu sinto muito eu juro.. mas eu não posso perder você também.
