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JIMIN

Já era noite novamente, mais uma noite no Nightclub e mais uma vez sem poder aproveitar a noite com minha princesa. Era raro quando eu conseguia passar as noites com ela. É tão bom! A gente sempre faz maratona de filmes, conversa sobre os amiguinhos da escola dela, e tudo é perfeito. Mas, infelizmente, a vida não é um caminho feito só de rosas; sempre temos que passar pelos espinhos para conseguir alcançar as pétalas. E eu vou chegar lá e viver uma vida feliz com a Minah.

Chamei Soojin para cuidar de Minah durante a noite, assim eu ficava mais tranquilo. Meus pais moravam em Busan, e era raro eu conseguir tempo e dinheiro para ir vê-los. Sinto tanta falta deles, muita mesmo. Minah ama seus avós, e mesmo de longe, faço com que eles se vejam por chamadas de vídeo.

Quanto à mãe de Minah, ela não pergunta muito, e eu também não entro em detalhes. Mas, independentemente de tudo, nunca fiz com que ela odiasse a mãe. Mesmo que Minji tenha me deixado para viver a vida dela, sem responsabilidades, em outro país, nunca a fiz odiá-la. Acho que esse não seria um papel meu. Mas, se por acaso Minah quiser odiá-la por isso, eu entenderei e ficarei do seu lado.

Antes de sair de casa, dou um beijo na testa de uma Minah sonolenta. Volto para a sala de estar e vou em direção à porta, abrindo-a para que Soojin entre.

— Boa noite, Soo — a cumprimentei. — Cuida bem dela por mim. E inventa uma desculpa pelo meu sumiço, por favor — digo, e logo Soojin assente com um sorriso acolhedor.

— Fica tranquilo, Jimo. A Minah para mim é como se fosse minha filhinha. — Mesmo que fosse uma desculpa boba, Minah sempre acreditava, e isso era o que mais me doía.

Eu odeio mentir para Minah. Não gosto de esconder as coisas dela, pois quero que, no nosso relacionamento de pai e filha, não haja mentiras, e Minah sempre foi muito sincera em relação a tudo. Fico triste por não poder me abrir mais sobre a mãe dela, mas acho que ela ainda não tem idade para entender o que realmente aconteceu. Mentir sobre meu 'trabalho' e omitir a situação da mãe dela são duas coisas que eu realmente odeio fazer. É pior do que vender meu corpo para qualquer pessoa usar. Dói demais mentir para alguém que você ama.

Logo rumei para a casa noturna, onde eu sempre dava o meu melhor para conseguir uma boa renda e manter a casa. Chegando lá, vi que estava cheio. Domingo era um dia movimentado, mas nem tanto. Mas, se está cheio, significa que eu posso conseguir mais dinheiro.

Avistei Taehyung e estranhei o motivo de ele estar ali, já que era para ele estar na área VIP nessa hora, mas não pensei muito nisso. Ao me aproximar, vi que ele estava conversando com uma mulher que trabalhava na área comum, e ela parecia bem animada com a conversa.

— Boa noite, Taesudo — disse, chegando perto dele. Logo ele se virou para mim com um sorriso de orelha a orelha.

— Jimo, que saudade! — me abraçou de uma forma estranha. Tae não era assim. Algum bicho deve ter mordido esse moleque.

— Meu Deus, Tae. A gente se viu na sexta e ficou conversando no sábado — disse, estranhando o jeito dele. — E aí, alguma novidade sobre quem conseguiu ficar na área VIP? — Imaginei que Tae já teria a resposta, pois, além de comandar os dançarinos da área VIP e da área comum, ele também pegava dois amigos do dono.

Guloso.

— Já deram sim, meu amor, e você é que não vai — uma voz estranhamente irritante surgiu no meio da minha conversa com Tae. A menina que estava falando com Tae respondeu por ele, de um jeito debochado. — Com esse corpo todo gordo, lá é que você não vai dançar — finalizou com um sorriso de lado, me olhando de cima a baixo.

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