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JUNGKOOK

Três dias se passaram desde aquele encontro com Jimin, e eu ainda estava tentando entender como ele mexeu tanto comigo. Eu não esperava que fosse tão difícil manter a cabeça no lugar, ainda mais agora que estava mais envolvido nos negócios da nightclub e trabalhando diretamente com Taehyung. Cuidar dos dançarinos e manter a segurança do local era uma tarefa complicada, e Taehyung não me facilitava as coisas nem um pouco com seu jeito descarado e provocador.

— Você tá com essa cara de bobo desde aquele encontro com o Jimin, sabia? — Taehyung disse enquanto organizávamos o cronograma dos dançarinos no escritório da nightclub. Ele estava sentado na minha mesa, desinteressado com os papéis à frente, enquanto mexia no celular. — Não vai me dizer que tá apaixonadinho já, bad boy coelho?

Revirei os olhos, mas sabia que não conseguiria esconder nada dele. O cara era descarado, mas também perceptivo demais para o meu gosto.

— Taehyung, para de ser idiota e para de me chamar assim — murmurei, jogando uma pilha de documentos para o lado. — A gente só teve um encontro. E não foi nada demais, sabe disso.

— "Nada demais", claro. Porque é super normal você querer passar todo seu tempo livre com ele, ficar olhando nas câmeras toda hora pra saber se ele tá bem e perguntar sobre a Minah a cada cinco minutos. — Taehyung sorriu de canto, claramente se divertindo às minhas custas. — Admite logo, Jungkook, você tá caidinho por ele.

Soltei um suspiro pesado, largando a caneta na mesa.

— Tá, talvez eu esteja mesmo — admiti, cruzando os braços. — Não é como se eu pudesse evitar. Jimin é... diferente. Ele é mais do que eu esperava. E tem a Minah, ela já me ganhou completamente.

Taehyung arqueou uma sobrancelha e soltou uma risada.

— Oi? Tá planejando ser o pai da criança agora? — ele brincou, esticando-se na cadeira.

— Não é isso, Tae — respondi com um olhar sério. — Eu só... eu quero cuidar deles. Queria ter certeza de que o Jimin e a Minah estão bem. Não sei explicar, mas eu sinto que eles precisam de mim, de alguma forma.

Taehyung parou de rir e me olhou com mais atenção.

— Você realmente tá envolvido nisso, não tá? — ele disse, com um tom mais sério. — Cuidado, Jungkook. Não tô dizendo que não é legal se envolver, mas... é complicado. Minnie passou por muita coisa e eu estava lá vendo tudo e ajudando no que eu pude. Então qualquer vacilo eu mato você e tô nem aí se você é meu chefe ou não.

Taehyung era ameaçador quando queria, e eu realmente não duvido de nada sobre o que ele falava.

Naquela noite, depois de encerrar o expediente na nightclub, decidi visitar meus pais. Precisava de conselhos e, acima de tudo, sabia que eles poderiam me ajudar a enxergar as coisas com mais clareza.

Dirigi até a casa deles com a cabeça cheia de pensamentos. Quando cheguei, Jin já estava na porta, com aquele sorriso caloroso que sempre me fazia sentir em casa.

— Bebê! — ele exclamou, me puxando para um abraço apertado. — Que surpresa boa! Entra, eu já ia colocar o jantar na mesa.

— O que você está cozinhando, pai? — perguntei, sentindo o aroma reconfortante de comida caseira no ar.

— Meu famoso kimchi jjigae. Você sabe que eu só faço isso quando quero impressionar, né, meu amor? — Seokjin respondeu com um sorriso, piscando para mim.

Logo em seguida, Namjoon apareceu na sala com um sorriso brincalhão no rosto, ajeitando alguns travesseiros no sofá.

— Olha quem chegou! O meu príncipe encantado! — ele brincou, fazendo uma reverência exagerada, o que me arrancou uma risada.

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