Capítulo 4

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Desde a minha adolescência sou o tipo de cara que gosta de mulher, não importa se é gorda ou magra, basta me atrair e despertar o meu desejo

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Desde a minha adolescência sou o tipo de cara que gosta de mulher, não importa se é gorda ou magra, basta me atrair e despertar o meu desejo. Apesar de tudo isso, o meu sonho era conhecer alguém e formar uma família, com uns três ou quatro filhos. Eu sempre imaginei como seria a vida ao lado de uma parceira que compartilhasse dos mesmos valores, alguém com quem eu pudesse construir um lar, repleto de risadas e momentos especiais. Pensava nas noites de histórias antes de dormir, nas brincadeiras no parque e nos desafios que enfrentaríamos juntos.

A ideia de ter uma companheira que me apoiasse e que eu pudesse apoiar em suas ambições era o que realmente me movia. No fundo, eu desejava encontrar o amor verdadeiro, aquele que transcende as aparências e se baseia em uma conexão genuína, onde o respeito e a compreensão são fundamentais. Quando a minha mãe fez de tudo e me juntou com Daniele achei que era a minha chance de ter o que eu queria.

Eu era feliz ou pelo menos achava que era, então veio a dor e o coração partido. Segui em frente da minha maneira com festas, sexo sem compromisso e as garotas se jogado aos meus pés, era extremamente difícil encontrar alguma que não me quisesse. Eu estava bem assim e gostava de manter as coisas dessa maneira, era mais fácil de controlar.

Da minha mesa olhei para a janela, embaçada pela chuva e O silêncio foi quebrado apenas pelo som distante dos trovões. Em minha mente naquele momento, habitavam pensamentos sobre Ayla e a mulher que ela estava se tornando.

Lembro de quando a amizade entre ela e Bia se solidificou levando Ayla a frequentar a casa dos meus pais, por um tempo eu fui próximo dela. O sorriso tímido e olhar inseguro, a maneira como ela se escondia atrás de roupas largas, como se tentasse se camuflar no mundo ao seu redor. Era como se estivesse lutando contra um espelho que nunca a refletia da maneira certa.

Bia não desistia de tentar fazer ela se sentir bem consigo mesma. Até que ela começou a namorar com Lucas e na minha humilde opinião ela apenas tinha se contentado com ele, acho que ela tinha medo de correr atrás de outro e se magoar. No fim Lucas a traiu com Safira e entendo a dor que ela sentiu.

Sei que isso abalou O psicológico dela, pois quando eu e meus irmãos nos reuniamos, Bia comentava O quanto estava machucada e magoada a ponto de precisar de um acompanhamento médico.

Mas quando a vi no The World usando aquele vestido dourado que acentuava suas curvas, algo dentro de mim fez "click". Era como se ela tivesse decidido se libertar das correntes da insegurança que a aprisionavam. Me vi perdido naquela visão - uma Ayla que finalmente se permitia ser quem realmente era, tanto interna quanto externamente.

Me levantei, caminhando até a janela. Observei as gotas de chuva que escorriam pela vidraça, traçando caminhos irregulares. Em meio à tempestade exterior, minha mente vagou para as conversas que tive com Ayla no resort. O jeito que ela falava ressoava como um hino de coragem. Ainda que houvesse um longínquo caminho a percorrer, ela escolheu enfrentar tudo com uma grande coragem.

𝑨𝒚𝒍𝒂 - Amor E RecomeçoOnde histórias criam vida. Descubra agora