A Chama da Rebelião

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A notícia da morte de Alexandre Blackwood se espalhou como um rastilho de pólvora pelas terras escuras e sombrias.  Vampiros de todas as partes, unidos por laços de sangue e medo, se reuniam em segredo, sussurrando sobre a violência dos caçadores de vampiros e a promessa de vingança.

Anya, agora com o rosto marcado pela dor e a determinação brilhando em seus olhos escarlates, viajou pelas terras, reunindo os guerreiros de sua raça.  Em cada encontro, ela falava com paixão e fúria, retratando a morte de seu irmão como um ato covarde e cruel, e acendendo a chama da rebelião em seus corações.

"Alexandre era um líder, um protetor, um homem de bem", declarava Anya, sua voz ecoando pelas cavernas e bosques onde se reuniam. "Ele morreu pelas mãos de tiranos, por aqueles que juram defender a humanidade, mas que na verdade apenas buscam o poder e o controle. Nós, os vampiros, não somos monstros! Somos seres que lutam pela sobrevivência, por uma vida digna.  E não nos curvaremos mais a seus caprichos!"

As palavras de Anya inflamavam os corações dos vampiros, despertando neles a raiva adormecida e a sede de justiça.  A cada encontro, a multidão que a seguia crescia, unidos por um único propósito: vingança.

Em um castelo remoto, nas montanhas geladas, Anya se encontrou com um grupo de vampiros de sangue antigo.  Eram líderes respeitados, de famílias que reinavam há séculos, e seu apoio era crucial para o sucesso da rebelião.

"Anya Blackwood", disse o líder, um ancião com olhos vermelhos brilhantes como brasas, "sua determinação é louvável, mas a luta contra os caçadores de vampiros é desigual.  Eles são muitos e poderosos, com armas e magia que superam a nossa."

"Nós somos mais fortes juntos", respondeu Anya, sem vacilar. "Somos unidos por um propósito, pela memória de Alexandre.  E não nos deixaremos intimidar pela força deles."

Os anciãos hesitaram, avaliando a jovem Blackwood.  Eles viam nela a fúria de um leão ferido, a determinação inabalável de uma rainha.  E reconheciam o poder que emanava de seu coração.

"Anya Blackwood", disse o ancião, finalmente, "nós lutaremos ao seu lado.  Mas precisamos de um plano, de uma estratégia."

Anya sorriu, um brilho perverso nos olhos.  "Eu tenho um plano", disse ela.  "Um plano que os deixará de joelhos e nos dará a vitória que merecemos."

A reunião se encerrou com um novo juramento de sangue, um pacto selado com o compromisso de lutar até a morte.  A Anya Blackwood, a jovem que havia perdido seu irmão, estava se transformando em uma líder, uma rainha que levaria sua raça à vingança e à liberdade.

A chama da rebelião havia sido acesa.  E as terras escuras se preparavam para uma guerra que mudaria o curso da história para sempre.

Anya Blackwood: A Ascensão da Rainha das TrevasOnde histórias criam vida. Descubra agora