Memórias

211 21 11
                                    


Alooou, autora aqui novamente, bebês!

Esse é realmente o último cap juro😭😭 (tecnicamente o anterior é o final da fic, mas eu sou bem fresca e queria finalizar a história com dez capítulos)

Boa leitura, xuxus!! ;)

______________________________

     Lidar com Max pela manhã certas vezes se tornava um desafio. Bradley acha cômico que seu namorado, um rapaz sempre tão vivaz, precisava de algum tempo para começar o próprio dia, e esse processo poderia ou não ser demorado. Era simplesmente adorável quando o moreno tentava o manipular com denguices quando estava com preguiça de iniciar os afazeres diários, mas era sempre um estresse nos momentos em que ele agia como uma criança birrenta.

No entanto, estando agora com mais de quatro meses de relacionamento, o veterano aprendeu a conviver aos poucos com essas nuances, já que nem mesmo os melhores amigos do menor aguentavam o mau humor matinal dele.

Como agora, por exemplo, Max estava com um vinco entre as sobrancelhas e piscava lentamente os olhos, resmungando palavras inaudíveis, emburrado por estar carregando sozinho as três bagagens que ele mesmo teimou em portar.

A manhã nem mesmo havia começado inteiramente, porém vários passarinhos já cantarolavam animados no ambiente de imensos campos verdes e árvores robustas. Bradley, felizmente, compartilhava da vibração das aves, observando tudo ao redor e compreendendo o porquê do namorado insistir tanto em descansar na casa de campo do pai sempre que possível; o local era arejado, e longe de qualquer tipo de desordem urbana.

O ano letivo começou com todo vapor, não os permitindo descansar entre um semestre e outro, por isso o encontro de Brad com o sogro estava sendo adiado a bastante tempo. Entretanto, as aulas da faculdade foram suspensas durante as datas comemorativas que marcaram aquela semana.

O acastanhado se sentia mais nervoso do que gostaria não só por ter que se apresentar como genro, como também seria a primeira vez que teria a oportunidade de ter uma interação sem destilação de veneno com o Pateta. E, nossa... só de pensar nisso ele já sente um friozinho de ansiedade na boca do estômago.

Infelizmente, Bradley ainda se martirizava com as inseguranças de pensar em não ser o suficiente para as pessoas com que convive, ele tem medo de agir como um babaca sem escrúpulos como antigamente. E Max, como um bom companheiro que era, sempre o tranquilizou com palavras de incentivo, alegando que pessoas erram o tempo todo, porém poucas são capazes de admitir isso e mudarem, assim como Bradley se esforça para praticar a cada instante.

O mais velho era muito grato por Max reconhecer que seu passado ainda o assombra, e é mais reconfortante ainda saber que ele era um ótimo ombro amigo em qualquer circunstância.

Nesse momento, ambos estavam em frente a varanda da casa de madeira, com as mãos unidas e fitando a decoração bonita e simples que o lado de fora possuía. Eles chegaram ali com uma rápida corrida de Táxi, o qual já tinha sumido de seus campos de visão a poucos minutos atrás.

Os olhos azuis fitaram o mais novo de canto, o mais alto torceu os lábios em uma tentativa falha de não rir do bico chateado que Max tinha, que dentro de alguns segundos depois desapareceu quando Bradley o beijou curtamente.

— Eu posso levar a minha mala, bebêzão. — Brad disse, sorrindo zombeteiro e obtendo um chiar irritado.

— Qual delas, príncipe? — Rebateu, irônico. Ele ajeitou a própria mochila desgastada nas costas, ao mesmo tempo que firmava ainda mais o aperto que seu braço fazia para uma das malas de Brad não despencar da lateral do seu corpo. — Não precisa não, tá? Valeu.

Seu Quase InimigoOnde histórias criam vida. Descubra agora