Shared Flame

Epílogo

29 anos depois

Voldemort sorriu para seu reflexo enquanto ajeitava seu manto verde-escuro. Parecia apropriado. Afinal, ele iria celebrar a eleição de sua filha sonserina para Ministra da Magia. Alexandra tinha se tornado exatamente como ele queria. Aos trinta e seis anos, ela era a bruxa mais jovem a se tornar Ministra. Não que alguém estivesse surpreso. Alexandra tinha tudo o que uma Ministra poderia desejar. Ela era inteligente e bem-lida, muito poderosa magicamente, bonita e equipada com um carisma que era quase tão bom quanto o dele.

Ele estava orgulhoso dela. Ele a guiou para esse papel desde o começo, e valeu a pena.

Tudo bem, então Hermione também ajudou. Foi principalmente por meio do envolvimento de Hermione que Alexandra foi tão compassiva com as minorias quanto ela. Haveria muitas mudanças nos estatutos das criaturas mágicas com Alexandra no poder. Voldemort realmente não se importava. Era o suficiente que ele tivesse uma das suas como Ministra. Assim como ele estava satisfeito que uma das suas estivesse abrindo caminho para se tornar Diretora de Hogwarts.

Sofia Granger-Foster teve uma infância perfeitamente normal, livre de quaisquer fadas. Em Hogwarts, ela esteve na Grifinória (para o desgosto dele), e apenas cinco anos após a formatura, ela se tornou a Professora de Defesa Contra as Artes das Trevas. Voldemort tinha suas suspeitas sobre o porquê de ela ter escolhido essa profissão.

Assim como Althea, Sofia ficou perturbada quando descobriu que seu pai era o Lorde das Trevas. No entanto, foi impossível esconder isso dela. Althea em particular foi muito vocal sobre contar a verdade a Sofia desde o começo. Voldemort suspeitava que a escolha de carreira de Sofia era um tipo de rebelião. De qualquer forma, não importava muito. O importante era que Sofia havia se tornado uma Professora em Hogwarts e, portanto, Voldemort tinha o controle dos dois lugares mais importantes em todo o Mundo Mágico.

"Você está pronta?" Hermione saiu do banheiro. Ela estava usando um vestido azul-escuro feito sob medida, o cabelo preso em um coque na nuca.

"Sim. Você está muito bonita, gatinha," Voldemort disse e caminhou até ela para beijá-la.

Hermione riu. "Você não acha que estou ficando um pouco velha para esse apelido? Eu acabei de fazer sessenta, afinal."

"Você sempre será jovem para mim, gatinha," respondeu o de cento e treze anos com altivez. "Além disso, o que importa a idade quando se é imortal?"

Ela bufou. "Sim, bem, tente agir de acordo com sua idade dessa vez."

"Você nunca está velho demais para beijar sua esposa!"

"Um beijo está bom. Me arrastar para um canto escuro e massagear minha bunda enquanto nos agarramos não é considerado normal na nossa idade."

Voldemort zombou. "As pessoas são muito pudicas."

"Só estou dizendo que temos que ter cuidado para que as pessoas não suspeitem de nada. Ainda temos algumas décadas pela frente antes que possamos fingir nossas mortes e começar uma nova vida."

Voldemort revirou os olhos. "Tudo bem, nada de amassos em público."

Bem naquele momento, houve uma batida na porta. Voldemort abriu com um aceno de sua varinha. Sofia estava do lado de fora, também vestida para a noite em um vestido vermelho um pouco revelador demais. Ele franziu a testa para ela.

Sofia, conhecendo o pai, revirou os olhos. "Pai, estou usando o vestido. Não é como se eu tivesse tempo para trocá-lo; o carro já está aqui."

Ela se virou novamente e saiu. Voldemort rosnou.