Capítulo 8: O rock mortal

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Com o coração acelerado e a adrenalina pulsando nas veias, minha mente se enchia de pensamentos caóticos enquanto Jake e eu corríamos desesperadamente pelos campos de trigo. A visão dos quatro membros da Legião, com suas máscaras e movimentos ágeis, se aproximando rapidamente era aterrorizante. Cada passo que dávamos parecia ecoar como um tambor, intensificando a sensação de urgência.

Jake: Para onde vamos?! Não podemos ficar aqui!

Eu: Vamos em direção ao estábulo! Pode haver uma saída lá!

Chegamos ao estábulo, e eu empurrei a porta com força. O rangido das tábuas de madeira ecoou, e entramos, fechando a porta atrás de nós. O interior era escuro e cheio de feno, mas ainda assim era um abrigo temporário.

Jake: O que fazemos agora?

Eu: Precisamos encontrar algo que possa nos ajudar. Alguma arma, um caminho de saída... qualquer coisa!

Começamos a vasculhar o lugar, mas a tensão era palpável. Cada barulho do lado de fora parecia um aviso de que a Legião estava se aproximando. Eu sentia meu olho esquerdo pulsar, uma sensação estranha que eu não conseguia ignorar.

Jake: Você está bem? Seu olho está estranho.

Eu: Eu... estou começando a ver coisas. Eu não sei se é a névoa ou algo mais, mas sinto que posso prever um pouco do que está acontecendo.

Jake: O que você quer dizer com "prever"?

Eu: É como se eu pudesse sentir a presença deles, entender seus movimentos. Precisamos nos preparar para o que vem a seguir.

Enquanto falava, um barulho vindo do lado de fora chamou nossa atenção. As vozes da Legião podiam ser ouvidas, suas risadas sombrias e conversas sobre a caça estavam se aproximando. Eu sabia que precisávamos agir rápido.

Eu: Vamos nos esconder! Fique atrás das caixas de feno.

Nos escondemos, o coração batendo forte no peito. A porta do estábulo rangeu quando um dos membros da Legião entrou, sua máscara refletindo a luz fraca. Ele olhou ao redor, e eu contenho a respiração, tentando permanecer o mais quieto possível.

Jake: O que fazemos se ele nos encontrar?

Eu: Esperamos a hora certa. Precisamos ser rápidos e silenciosos.

O membro da Legião começou a se mover em nossa direção, e a tensão se acumulava. Eu podia sentir a presença dele se aproximando, como se estivesse prestes a descobrir nosso esconderijo. Mas então, algo incrível aconteceu. Um flash de visão atravessou minha mente: a Legião estava distraída por um barulho do lado de fora, um de seus próprios membros se aproximando.

Eu: Agora! Vamos!

Saltamos de nosso esconderijo e corremos em direção à porta. O membro da Legião estava tão concentrado no que estava acontecendo fora que não percebeu nossa fuga. Ao atravessarmos a porta, a luz do sol nos atingiu, e a liberdade parecia ao nosso alcance.

Jake: Para onde agora?!

Eu: Precisamos voltar para as plantações. Se conseguirmos nos misturar, talvez possamos despistá-los.

Corremos pelo campo, a sensação de estar sendo caçados nos impulsionava. A névoa estava se dissipando, mas a Legião ainda estava lá, cada movimento deles era uma ameaça. Precisávamos encontrar um jeito de escapar dessa armadilha, mas a pressão estava aumentando.

Enquanto tentávamos nos esconder entre as fileiras de trigo, eu olhei para Jake e disse:

Eu: Precisamos de um plano. Não podemos continuar correndo para sempre. Se conseguirmos separá-los, talvez tenhamos uma chance.

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