Capítulo IV - caçar onis

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Depois de horas de treino sob o céu que começava a escurecer, eu estava exausta, mas também satisfeita. Sanemi e eu havíamos lutado com intensidade, as katanas ressoando em sincronia com nossos movimentos. O campo estava agora banhado por uma luz dourada, que fazia com que as lâminas refletissem um brilho quente e quase mágico.

Sanemi estava focado e implacável, seus movimentos eram perfeitos e precisos. Eu fazia o meu melhor para acompanhar seu ritmo, sentindo a adrenalina e o esforço se acumulando a cada golpe. Ele ocasionalmente me corrigia, suas instruções breves, mas sempre precisas, me ajudavam a melhorar a cada nova tentativa.

À medida que o sol começava a se pôr, a luz do dia se misturava com a penumbra, e o ar ficou um pouco mais frio. Finalmente, Sanemi parou, seu olhar cansado, mas satisfeito. Eu também desacelerei, sentindo o cansaço pesado em meus músculos. A sessão havia sido intensa, mas o senso de progresso era inegável.

– Vamos voltar para casa – Sanemi disse, guardando sua katana com um movimento decidido.

Concordei com um aceno, aliviada por poder finalmente descansar. Caminhamos juntos de volta, e a conversa entre nós fluía suavemente, uma pausa bem-vinda após a intensidade do treinamento.

Ao chegarmos em casa, fui diretamente para o banheiro. O calor da água morna me envolveu, e o vapor se ergueu ao meu redor, criando uma atmosfera relaxante. O banho foi um alívio reconfortante, e eu me senti os músculos relaxando a cada minuto que passava. Saí do banho sentindo-me renovada, pronta para a noite. Sanemi e eu decidimos ir caçar onis, afinal ele queria ver minha respiração.

Pouco depois, ouvi o som de Sanemi entrando no banheiro. Não era necessário falar muito; o silêncio confortável entre nós era suficiente. A água ainda caía, e o ambiente estava imerso em um clima calmo e tranquilo.

Quando ele terminou, encontramos um momento de tranquilidade na sala.



[...]

A noite estava completamente instalada quando saímos de casa. A lua cheia lançava uma luz prateada sobre a floresta, e o ar gélido batia contra nossos corpos, mas não estava frio demais para nos incomodar. Caminhávamos em silêncio, imersos na tranquilidade da noite, nossos passos abafados pela umidade da terra.

O caminho pela floresta era sinuoso e os sons da natureza eram quase imperceptíveis além do ocasional farfalhar das folhas e o canto distante dos animais noturnos. Eu sentia a presença de Sanemi ao meu lado, sua postura alerta e seus sentidos aguçados. A cada passo, meus sentidos se afiavam, captando qualquer sinal de perigo.

Depois de um tempo, comecei a notar marcas no chão e restos de vegetação esmagada. Os rastros eram sutis, mas inconfundíveis. Eles indicavam a presença recente de onis. O coração acelerou um pouco com a perspectiva de um possível confronto, mas tentei manter a calma. Olhei para Sanemi e vi que ele estava igualmente atento, seus olhos examinando o ambiente ao nosso redor com precisão.

Continuamos a seguir os rastros, o caminho se tornando cada vez mais irregular e desafiador. A cada curva e virada, a tensão aumentava. Finalmente, chegamos a uma clareira onde os rastros se tornavam mais evidentes. A vegetação estava destruída e havia sinais claros de uma batalha recente.

Foi então que os sentidos de Sanemi se aguçaram ainda mais. Ele sinalizou para que eu ficasse atrás e começou a procurar por sinais de que algo estava prestes a nos cercar. Não demorou muito para que uma presença ameaçadora se manifestasse. Um rugido baixo e gutural reverberou pela floresta, e a atmosfera ao nosso redor parecia se comprimir.

Aprendendo a Amar!- Imagine Sanemi Shinazugawa Onde histórias criam vida. Descubra agora