Capítulo III - machucado e treino

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Já era umas 6 horas da manhã e eu ja estava acordada, estou na cozinha tomando café. Termino meu café, lavo a pequena louça que sujei agora a pouco. Os minutos se passam e no relógio, que fica na cozinha de Sanemi, marca 06:48, escuto um barulho na porta e saio assim vendo o albino chegar da missão, ele está com alguns machucados no rosto. Fico um pouco preocupada, mas sei que é normal, afinal somos hashiras isso vai acontecer mais vezes doque podemos imaginar.

- Bom dia - falei sorrindo gentilmente na porta, o albino apenas passou direto por mim, me ignorando. Ele adentrou a casa quieto, mas pude ouvir um grunhido de dor, vindo dele. - Ei Sanemi você ta bem - falei indo até ele ficando em sua frente, e agora pude perceber, ele está com um corte enorme no braço. Mas aparentemente não é nada grave e nem fundo.

- Eu to bem, só preciso descansar - ele falou tentando ir ao quarto, mas é impedido por mim.

Apenas mandei o garoto sentar na bancada, ele tentou discutir mas depois de eu insistir ele se sentou. Fui até o banheiro e peguei a caixinha de primeiros socorros, a qual o corvo dele me informou onde estava na noite passada.

Volto para a cozinha e eu peço para que ele retire a parte superior da roupa, e assim ele faz, deixando seu peitoral mais exposto e assim pude ter uma visão de seu abdômen definido, e claro seus braços fortes. Pele clara, aquela que era quebrada por conta do vermelho escuro que escorria do corte de seu braço. Comecei meu trabalho e ficamos em silêncio.

O silêncio pairava na cozinha, quebrado apenas pelo som suave dos meus movimentos enquanto eu preparava o material para o curativo. Sanemi estava sentado à minha frente, com o braço estendido sobre a mesa. A luz da lâmpada projetava uma sombra tênue sobre o seu rosto, evidenciando a expressão de desconforto que ele tentava disfarçar.

Eu desinfetei o corte com cuidado, observando a forma como a pele estava vermelha e irritada. O ferimento não parecia profundo, mas ainda assim era importante tratá-lo corretamente. Com um pouco de hesitação, eu comecei a aplicar a pomada antisséptica, procurando ser o mais gentil possível. Ele endureceu os músculos do braço a cada toque, e eu pude perceber o esforço que ele fazia para não demonstrar dor.

— Está doendo muito? — perguntei, tentando desviar a atenção dele da sensação desagradável.

Ele respirou fundo, os olhos fixos na mesa à sua frente, e respondeu com uma voz firme, embora um pouco tensa.

— Não tanto. Só não estou acostumado a isso.

Eu sorri, tentando aliviar o ambiente. Enrolei a gaze ao redor do braço dele com cuidado, ajustando-a para que ficasse bem firme, mas sem apertar demais. Cada movimento meu era guiado pela necessidade de garantir que ele se sentisse o mais confortável possível.

— Você deveria ser mais cuidadoso em suas missões, Sanemi - falei ainda fazendo o curativo.

Ele soltou um leve suspiro, e eu percebi um brilho de gratidão nos olhos dele quando se voltou para mim.

— Eu vou tentar. Obrigado por fazer isso, s/n.

— Não precisa agradecer. É o mínimo que eu posso fazer por você.

Enquanto eu terminava de prender o curativo, nossos olhares se cruzaram. Havia um entendimento silencioso entre nós, um reconhecimento mútuo da amizade que talvez se manifestava em gestos pequenos e significativos. Através da dor e da confusão, havia um alívio em saber que talvez futuramente vamos nos dar bem...



Aprendendo a Amar!- Imagine Sanemi Shinazugawa Onde histórias criam vida. Descubra agora