Unidos pelo destino

Helena

_Atende ele filha_ Disse o meu pai. _Ele está preocupado com você.

Olhei para o meu pai surpreendida pela atitude dele e sorri indo atender o telefone em um local mais privado, meu quarto.

_Alô! _ Disse cautelosa.

_Alô!Helena! Graças a Deus você me atendeu, como você está? Como está nosso bebê? _ Perguntou e me emocionei quando disse "nosso bebê".

_Está bem, está bem! _ Disse chorosa, ultimamente eu chorava por tudo. Eu comecei o pré natal e está tudo bem, estou com quase 2 meses, a médica explicou que eu tenho que contar as semanas, mas ainda não entendi muito isso. _ Dei um meio sorriso.

_Helena, precisamos conversar, eu sou um.... idiota! Me perdoa, nada do que eu venho fazendo com você foi certo, e eu sinto muito por isso _ Disse um pouco agoniado. _Eu mereço estar sendo ignorado como você tem feito, mas por favor, me deixa acompanhar o desenvolvimento do nosso filho _ Suplicou.

_Sim, precisamos conversar, me avisa quando vier a Goiânia para resolvermos isso_ Eu estava meio relutante, mas por dentro já havia me derretido só de ouvir a voz dele no telefone.

_ Acabou a libertadores vou ter uns dias de folga a partir de terça feira e vou ir te ver_ Falou e eu senti o meu coração dar um salto, porque por mais que passamos esses conflitos eu o amava demais e estava morrendo de saudade e o que me deixava mais feliz que poderíamos fazer isso agora livremente sem se esconder de ninguém. _ Estou com tanta saudade de você_ Suspirou pesadamente.

_ Não foi o que pareceu há uns dias atrás!_ Rebati ressentida.

_ Aquilo tudo foi uma idiotice minha e eu tenho uma explicação, mas nada daquilo foi real posso te garantir que não... Não existe lugar para ninguém no meu coração porque ele já é ocupado por você desde sempre _ Declarou. _Eu vou te ver, tenho que ir agora que os meus amigos chegaram gritando aqui no quarto... E não esqueça, e te amo, meu amor! Me deixa explicar tudo quando chegar ai_

_ Ok! Tchau...._ Ainda não estava convencida de que eu iria perdoá-lo, porque eu passei um mês do cão: enjoo, choro, tristeza, abandono, me senti traída quando vi aquela foto, mesmo a gente já tendo terminado, acho que os hormônios da gravidez já começou a alterar o meu organismo que tudo me irrita... E a atitude do Leo só me deixou pior, eu sempre soube que a nossa ligação era mais que amizade e não lembro da minha vida sem a presença dele constante na minha, acho que foi somente durante aquele período de tempo que nos afastamos depois da minha festa de 15 anos, eu me irritei porque ele foi embora para São Paulo, sem se despedir de mim e nem compartilhou esse momento tão importante da vida dele que era seguir a carreira de futebol, soube depois de um tempo e nem foi por ele... É realmente o Leo sempre quando entrava em conflitos ele me excluía da vida dele e não sei se estou pronta para lidar com um bebê e um namorado indeciso que muda de personalidade e me abandona quando vier a tempestade. Enfim, vou deixar para me preocupar com isso depois...

_ Filha, você tem visitas! _ Ouvi meu pai batendo na porta do quarto.

_Quem é?_ Questionei.

_ Vem ver, estamos te esperando lá embaixo _ Disse com a voz distante, provavelmente já havia saído da porta do meu quarto.

Assim que cheguei na sala ouvi umas risadas e avistei a visita e me emocionei, porque eu sabia que ela iria vim me ver, sempre foi uma pessoa maravilhosa.

_Dona Ruth! _. Disse num sussurro e senti os meus olhos lacrimejando.

_Oi minha querida, como você está? _