Mugiwaras e as Crianças do Futuro [One Piece]

Mugiwaras e As Crianças do Futuro (1)

Estranhos barulhos corriam nos corredores de Thousand Sunny naquela madrugada, os que eram mais sensíveis ao sono, acordaram às duas da manhã com aqueles barulhos.

— O que será isso? – Sanji se perguntou ao ouvir um choro baixo e se levantou

O loiro não sabia dizer de onde vinha aquele som, mas parecia ser uma criança pequena chamando, o mesmo sentiu-se apreensivo com aquilo, poderia ser algum tipo de ilusão, assim, ele abriu a porta do quarto e em sua frente viu duas figuras.

A duas pequenas garotas, a maior tinha cabelos verdes com um par de tranças para frente, seus olhos azuis estavam marejados enquanto segurava a mão de uma criança menor que ela. A pequena garotinha de cabelos azuis longos estava com os olhos vermelhos de tanto chorar, segurando a barra de seu vestido laranja com algum medo.

Os olhos deles se encontraram, de uma maneira que Sanji não conseguia entender a atitude da garota mais velha que abraçou as suas pernas e de alguma forma parecia aliviada que voltou a chorar.

Sanji se abaixou na altura dela, mostrando certa preocupação pelas garotas, mesmo que ainda esteja confuso sobre as duas aparecendo no Thousand Sunny de repente.

— Pequenas senhoritas, vocês se perderam de seus pais? – pergunto a elas

De alguma forma, a esverdeada ficou um pouco surpresa com aquilo, de sobressalto ela abaixa a cabeça e seus olhos azuis ficaram brilhantes devido as lagrimas.

— Eu e me perdi dos meus irmãos, a Bela se perdeu junto comigo – respondeu a esverdeada

— Vocês sabem onde estão?

A esverdeada apertou um pouco a mão da azulada que estava prestes a falar alguma, mas acabou sendo sobreposta pela esverdeada.

— Não sei onde estamos – afirmou ela com a voz um pouco trêmula — Você pode me ajudar a encontrar meus irmãos, moço? – pediu a menina com um sorriso

Sanjiu sorriu de volta, ele não podia recusar um pedido de uma pequena dama que estava chorando em sua frente.

— Claro, você sabe onde eles podem estar? 

A esverdeada começou a pensar

— Talvez por aqui? Não sei onde nos perdemos – respondeu a esverdeada

Sanji não tinha tantas informações, mas decidiu ajudar as duas garotinhas perdidas.

Enquanto caminhavam, a pequena bela puxou a manga do moletom da esverdeada a chamando.

— Irmã Terá, mas ele não é seu…

A esverdeada que se chamava Terá fez um sinal de silêncio e sussurrou para Bela:

— Não estamos no nosso tempo

Em outro lugar, onde estava Zoro com um par de gêmeos loiros, que não pareciam ter algum tipo de medo daquele homem a sua frente. A garota bateu a areia de seu vestido que mais parecia um moletom grande em seu corpo.

— Você não parece alguém disposto a ajuda duas crianças que apenas se perderam – reclamou a loira

— Crianças perdidas? Tudo que vejo são dois pirralhos que invadiram um navio pirata – alertou Zoro

— Navio pirata? – a garota parecia confusa — Ei Sora a gente não tava em uma caverna há alguns minutos?

O loiro apenas suspirou pesado com a lerdeza da irmã mais nova.

— Querida irmãzinha, esqueceu que você acabou se perdendo quando a gente estava procurando a Kira?

— Caramba eu nao perdi! – exclamou a garota

— Tirando isso, senhor, meio que não invadimos o lugar de fato, quando a névoa abaixo nós vimos aqui – diz o garoto loiro chamado Sora.

Zoro franziu a testa

— Como vocês poderiam provar isso? – pergunto o esverdeado 

— Bem isso…

— A ilha sumiu… – sussurrou a garota olhando para o horizonte

— O que você quer dizer com isso?

A garota parecia paralisada no parapeito do navio olhando em direção aonde a ilha devia ficar e diz outra vez:

— A ilha sumiu de vista – sua voz estava trêmula 

O loiro correu até onde ela estava, também não vendo aquela ilha. Estranhamente, Zoro observou que a ilha também não estava lá, como se ela tivesse evaporado de vista.

— Mas que porra…

Xingou o esverdeado olhando tão surpreso quando eles.

O thousand sunny havia atracado de forma certa, mas a ilha desapareceu como um fantasma e aquelas crianças surgiram depois que a névoa abaixo.

— Precisamos achar aqueles gêmeos… – falou Sora

— Como? Não sabemos onde eles estão, Sora!

— Podem estar nesse navio, esse lugar não é grande, Senhor espadachim? – perguntou Sora a Zoro

O homem parecia bastante indiferente a isso.

— Porque isso ajudaria vocês? Tem outros de vocês? – o esverdeado parecia irritado

— Do que isso importa? Só precisamos disso e nada mais, na verdade, acho que nem precisamos da ajuda dele – exclamou a loira

— Kui o que você…

A garota pegou o braço do irmão e começou a puxar e correr com ele, sua velocidade era impressionante para uma criança de doze anos.

— Ei pirralhos voltem aqui! – Zoro foi atrás deles

De alguma forma estranha, Zoro havia os perdido de vista dentro do Sunny, estranhamente, eles conheciam aquele lugar. O espadachim ainda suspeitava que o par eram invasores.

Sora e Kuina pararam de correr e Sora estava quase sem fôlego, ele quase nunca conseguia acompanhar o ritmo da mais nova.

— Tem certeza que não nos perdemos? 

— Nós conhecemos esse navio melhor que Kira e Kora, claro que não me perdi – respondeu ela com certo orgulho — Além disso, não acho que o Chichi vai nos encontrar – afirma

— Precisamos achar esses dois, e a Terá também – lembro Sora

Kuina balançou a cabeça em afirmação. 

Os dois começaram assim, a ouvir um par de vozes aos quais eles conheciam, surpresos, os dois viraram a esquina e encontraram a figura de sua irmã mais nova.

— Terá! – os dois gritaram ao vê-la 

A pequena esverdeada os olhou com surpresa e soltou a mão de Sanji e correu até eles com seus doces olhos azuis marejados.

Os três se abraçaram emocionados.

— Nii, Nee, eu quero ir pra casa ver os pais – falou a menina

Os dois mais velhos se olharam.

— Meio que as coisas se tornaram complicadas Terá…

Alguém de repente chega gritando atrás dos gêmeos.

— Ei seus pirralhos invasores! – falou Zoro

Todos acabaram ficando calados e se entreolhando.

A pequena Bella olhou para o trio se abraçando no chão e os dois homens adultos que se encaram também. O loiro parecia irritado com o esverdeado que o mesmo, por sua vez, estava irritado por perseguir os par de gêmeos.

“Que bela reunião familiar” pensou Bella, de quatro anos de idade, olhando para eles