Fuga

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* Hey pessoas, essa é a primeira fic que eu começo a escrever e já venho postar aqui também. É uma fic totalmente diferente do que eu já escrevi. Um romance meio policial, podemos dizer. É uma fic baseada na série White Collar. E eu espero que vocês gostem. *

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Me olhei no espelho mais uma vez, meu cabelo longo, chegava a baixo da minha cintura, sobrancelhas quase se juntando. Puta que pariu eu estava feia, muito feia. Estava na hora de mudar isso. Olhei para os lados do banheiro antes de pegar a tesoura em cima da pia, cortando um pouco do meu cabelo, o deixando na altura das costas. Amarrei em um coque alto e peguei a pinça que havia ali, tirando com rapidez e precisão as sobrancelhas. Lavei bem meu rosto, passando uma maquiagem de leve, e um batom forte. Sorri para o espelho quando terminei, parecia até outra pessoa. E era essa a intenção. Me inclinei um pouco para pegar o uniforme azul pendurado em uma das paredes e me vesti com ele, colocando o chapéu por cima do meu coque, as botas, e por fim, um óculos escuro. Olhei meu reflexo no espelho novamente e sorri largo com o que vi

- Policial Cabello - murmurei falando com meu reflexo e fiz uma careta - Oficial Cabello - sorri e mordi os lábios - É, seria legal, oficial Cabello - ri sozinha e peguei o coldre, colocando a arma de mentira dentro.
Uma última olhada no espelho. É, qualquer um que me olhasse viria apenas uma policial. E era esse meu objetivo. Olhei para os lados antes de sair do banheiro, caminhando por entre os corredores brancos. Só havia um jeito de sair por aqui, e seria pela porta da frente. Mas para isso, teria que passar pelas celas daquelas que eu costumava chamar de 'colegas da prisão'. Mas, um plano nunca seria um bom plano se não fosse bem elaborado. E por isso todas as outras detentas estavam no pátio.

- Isso não vai funcionar Cabello - mas todo plano, por mais que excelente, tem uma falha - Acha mesmo que vai funcionar? - me virei para dona da voz, parando em frente sua cela. As grades de ferro impedindo que ela se aproximasse mais de mim.

- Bom, já foi um bom começo, eu estou aqui e você aí - falei com um sorriso falso e ela bufou - Aliás, você não deveria estar no pátio com as outras detentas Chrissy?

- Arrumei uma pequena briga - respondeu dando ombros - E boa sorte com sua fuguinha, pode deixar que eu tento de tirar da solitária quando for pega - ri negando com a cabeça e a encarei.

- Senta e observa, quando eu sair, quem sabe volte pra te pegar - pisquei um olho em sua direção e ela revirou os olhos.

- Você sabe que ela não vai mais estar esperando por você não é? - Chrissy disse um pouco mais séria e eu revirei os olhos.

- Ela estará - falei, não dando chances para respostas, lhe dando as costas, saindo daquela Ala do prédio.

Andei por vários corredores, recebendo 'boa tarde' de várias guardas que nem imaginavam que eu não era uma policial. Passei por alguma detentas que trabalhavam e nenhuma delas ao menos me notou. Sorri enquanto andava até a penúltima porta do presídio. Peguei o cartão em meu bolso, passando no leitor, e abrindo a porta.

- Epa - a guarda que estava na porta me parou e eu engoli em seco, a olhando brevemente.

Puta merda, eu poderia ser mais azarada? Tinha que ser logo a Oficial Rodríguez? Ela me odiava.

- Deixa que essa porta eu abro - Oficial Rodríguez abriu completamente a porta, me analisando de cima a baixo, o tanto que ela tinha de safada, tinha de burrice.

Sorri quando atravessei a porta, já sentindo o sol em minha pele, apesar que o sol estava fraco, o tempo estava chuvoso já, andei até a frente e cumprimentei o porteiro que abriu a porta alegremente para mim, me deixando sair oficialmente daquele prédio nojento e escroto. Olhei ao redor, uma bela picape me esperava do outro lado da rua. Corri um pouco até lá, abrindo a porta do motorista. Ah, porquê motoristas de carros antigos tinham essa mania de deixar a porta aberta? Entrei no carro, achando os fios abaixo do volante, não demorando a fazer uma ligação direta, ri de felicidade ao ouvir o rouco do motor. Parece que 32 meses na prisão não me fizeram esquecer minhas habilidades. E eu só podia estar com sorte, 50 dólares na gaveta do carro.

Between Law and Love (Camren)Onde histórias criam vida. Descubra agora