Dia de trabalho.

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Me ajeitei na van, aumentando um pouco o volume do fone em meu ouvido, que me permitia ouvir o que acontecia no apartamento do prédio da frente. Franzi o cenho, para a conversa que eu escutava. Olhando rapidamente para Ally e Normani que estavam na van também. A primeira atenta para qualquer indício que teríamos de agir e a segunda, sentada confortavelmente, mais mexendo em seu celular do que prestando atenção.

"O que precisa saber para confiar em mim, Gustav?"

Ouvi a voz de Camila em meu ouvido e comecei a prestar mais atenção, vendo pelas imagens das câmeras, ela se aproximar do rapaz.

"Todos já sabem que você é o animalzinho de estimação do FBI, acha mesmo que eu posso confiar em você?"

"Não sei se reparou, mas eu não uso nenhum tipo de tornozeleira. E se é para me comparar a um animal, saiba que é só não os tratar bem, que eles se viram contra seus donos. Não gosto dos agentes do FBI, eles não gostam de mim. Simples assim."

"Não é o que parece. Constanza me disse que te contou sobre o roubo na galeria, e por causa disso, seus parceiros foram pegos."

"Não me culpe por eles serem burros. Eu não falei nada. Se foram pegos, é porque não sabem como se faz um trabalho. E bom, Christina não foi pega. O fato é, nada me liga ao FBI, eu não faço parte deles."

"Aquela Jauregui já te prendeu duas vezes, poderia fazer novamente."

"Mas não vai." Camila se aproximou mais ainda do rapaz russo, tocando em seu braço, intimamente. "Porque ela confia em mim, porque ela gosta de mim, e não consegue nem ao menos perceber que está sendo usada como minha saída da prisão. É questão de tempo até que eu saía dali, e quando isso acontecer, eu precisarei de contatos aqui. Será tão repentino, que ela nem ao menos vai perceber que eu fui embora."

"Só quer ter contatos?"

"Quero acabar com eles. E quero ganhar com isso."

"Agora falamos minha língua. Quer dinheiro?"

"Quem não quer?"

Olhei rapidamente para Ally, que assentiu com a cabeça, já pegando sua arma, ao ver Gustav se aproximar de um notebook, com Camila em seu encalço. Normani também se alertou.

— Eles estão agindo? — perguntou e eu assenti.

— Quase — respondi, engolindo em seco ao ver Camila tão próxima daquele rapaz.

— A Cabello também? — ela perguntou e eu concordei.

— Ela está guiando tudo — Ally respondeu, enquanto eu olhava para a tela.

"Está tudo aqui, as transações, os dados, tudo que nós temos sobre o FBI."

O rapaz russo disse, entregando a Camila um pen drive.

"Vamos lá Gustav, eu sei que trabalha para espiões russos. Vocês tem muito mais que isso."

"Posso lhe dizer que temos informações sobre a CIA, sobre o governo. Mas agora não é importante. Queremos derrubar o FBI, deixa-los tontos, para depois podermos agir contra o país."

"Primeiro o FBI?"

"Isso, e é o seu interesse, não é? Tira-los do seu caminho?"

"Sim, quero todos longe."

"Pois com a direção de Pablo, quando terminamos, todos estarão mortos. Aqui, tudo o que coletamos."

Ele ergueu o pen drive e eu sorri.

— Agora!

Saí da van junto com Ally e Normani. Sendo seguida por mais cinco agentes que estavam por ali e escutavam tudo, enquanto outros agentes estavam indo atrás dos seguranças e outros comparsas de Gustav. Subi os cinco andares do prédio, arrombando a porta do apartamento. Surpreendendo os dois.

Between Law and Love (Camren)Onde histórias criam vida. Descubra agora