Corrompida Por Você +18 [ Livro 2 ] 🚫Em Revisão🚫

Capítulo 1🔥

Ana

Acordo suando frio. Foi um pesadelo daqueles que você abre os olhos e não consegue se mexer, a famosa paralisia do sono, tenho tido muito deles ultimamente. Me sento na cama ainda ofegante, olho para o relógio de parede, marca exatas 6 da manhã. Me levanto se espreguiçando. Calço minha pantufa e caminho na direção do banheiro. Paro em frente a pia ainda um pouco sonolenta observo minha imagem pálida e cheia de olheiras pela noite mal dormida. Encaro meu reflexo no espelho, meu cabelo acordo de mau comigo. Passo a mão tentando arrumá-lo um pouco, não que isso vá ajudar muito. Pego meu remédio e tomo meu coquetel diário do dia.

---- Ana? ---- escuto meu pai me chamando do andar de baixo ---- o café está na mesa !! --- ele anuncia

---- já vou! ---- falo alto suficiente para que ele escute.

Desde que a minha mãe morreu a quatro anos atras, vivemos apenas eu e meu pai, em uma casa enorme de dois andares. Ela era a luz das nossas vidas, depois de sua partida meu mundo se escureceu. A minha mãe morreu depois de uma longa batalha contra o câncer. um ano depois chego a minha vez de lutar a mesma batalha.

Meu pai é muito devoto a sua religião. basicamente eu nasci dentro de uma igreja. com a partida da mulher que ele tanto amava, só o fez se apegar ainda mais a palavra. Ele é um homem incrível, o melhor pai que uma filha poderia ter. nunca falto em nenhuma consulta médica minha, seguro a minha mão durante os longos tratamento que fiz. quando eu sentia dor, ele cantava e dizia que ficaria tudo bem, e automaticamente eu me sentia bem. Uma parte minha fica feliz pois logo vou me encontrar com a minha mãe, mas outra fica devastada por ter que deixá-lo sozinho no mundo.

Abro o guarda-roupa e pego o primeiro conjunto de moletom que avisto pela frente. não tenho animo para me arrumar, então nem me esforço. Hoje é um daqueles dias que tanto odeio. Basicamente eles vão me furar várias vezes, só para dizer que o tratamento não está ajudando. Vou ter que ver pela décima vez, cara de decepção do meu pai ao receber a notícia. O meu câncer é um daqueles que não tem cura, ele devora você por dentro sem nenhuma piedade. Mas o mínimo que eu posso fazer é tenta viver o máximo que a vida me permitir.

Desço a escada, já sentindo o cheiro do café da manhã. ---- dormiu bem? --- meu pai pergunta ao me ver atravessando a porta da cozinha. O vejo se mover pelo ambiente, fazendo várias coisas ao mesmo tempo. Não deve ser fácil para ele, ter que assumir os dois papeis, tanto de pai e tanto de mãe. Mas ele está fazendo um bom trabalho.

---- tive aquele sonho novamente ---- falo me sentando. Os sonhos começarão a dois meses atras, acordo quase todas as vezes paralisada sentindo uma presença obscura na espreita do meu quarto. Não consigo ver o seu rosto, ela está sempre de costa para mim. Já bolei várias teorias de que seria a morte, apenas esperando um vacilo meu para me levar.