templo sagrado

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Ano de 962
Era heian
05:09 am
Sukuna Ryomen

Sob os galhos pesados de neve e a penumbra da floresta, Sukuna avançava com passos lentos, mas firmes

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Sob os galhos pesados de neve e a penumbra da floresta, Sukuna avançava com passos lentos, mas firmes. Cada pegada deixada para trás parecia fundir-se com a paisagem gélida, como se até o próprio solo temesse suas passadas. Era a era Heian, uma época de lendas e terrores, e Sukuna, o demônio profano, era a sombra que pairava sobre as vilas indefesas, engolindo vidas com sua fúria insaciável. Conhecido como o Rei das Maldições, até as criaturas mais sombrias tremiam diante dele.

Com seus quatro braços poderosos e olhos que viam além da alma, sua figura era aterrorizante. A máscara de madeira, que cobria o lado esquerdo deformado de seu rosto, acrescentava uma estranheza inquietante, enquanto a boca em sua barriga pulsava com fome de corações, aqueles corações que ele arrancava de seus inimigos, devorando sua essência. Sukuna não era apenas uma lenda; ele era a encarnação do terror, o monstro que fazia os deuses desviarem os olhos.

Agora, seus passos o levavam à ilha de Honshu, em direção ao Monte Fuji. Ali, no sopé da montanha sagrada, ficava o templo Takayama-ji. Um local onde o sagrado e o profano se encontrariam. O templo, outrora símbolo de paz, seria corrompido e transformado em um trono de pesadelos. Sukuna sentia o poder daquele lugar chamando-o, e ele sabia que ali se ergueria como nunca antes. Ele dominaria as vilas vizinhas com o mesmo método brutal: ocupar, governar, destruir.

Ao longe, o Monte Fuji se erguia majestoso, silencioso. Sukuna parou por um momento, fitando a montanha. No fundo de sua mente perturbada, uma estranha inquietação se instalou. Aquele lugar irradiava uma energia diferente, algo que ele não sentia há muito tempo. Mas Sukuna não era do tipo que recuava diante do desconhecido. Ele sorriu com sua boca monstruosa, as chamas do desejo de destruição ardendo mais intensas que nunca.

Ele sabia que, ali, algo mais grandioso o esperava. Algo que poderia ser o ápice de sua era de terror. E ele estava ansioso para encontrar isso – ou destruir. Com um último olhar sombrio para o templo à distância, Sukuna se preparou para invadir não só as vilas, mas os corações de todos que ousassem cruzar seu caminho.

Eu já era uma figura conhecida por todos, impossível de ser confundido. Minha altura gigantesca me diferenciava imediatamente de qualquer ser humano comum. Quando cheguei aos portões, a vila já fervilhava com o murmúrio de seus moradores despertos, mas eles não eram meu foco no momento. Minha mente estava fixa no templo. Apenas depois que eu tomasse posse dele é que eu organizaria aquele bando de carne mortal.

Era quase eufórico ver o terror nos olhos daqueles vermes. Ser um rei não significava apenas poder; era a alegria cruel de infundir medo e horror. Fui moldado para ser o demônio profano, o flagelo dos homens.

Caminhei mais algumas horas até o topo do templo, subindo a escadaria que parecia se estender ao infinito. No cume, alguns sacerdotes e guardas armados com lanças me aguardavam. Acreditavam realmente que aquelas armas insignificantes poderiam me deter? Ridículo. Nem mesmo um usuário dos Seis Olhos seria páreo para mim. Quem esses miseráveis acreditam que são?

Sagrado Profano- sukuna ryomen Onde histórias criam vida. Descubra agora