Sagrado Profano- sukuna ryomen

《¤prólogo¤》

"O amor é o abandono da lógica.
O abandono voluntário dos padrões racionais.
Nós cedemos a ele ou o combatemos.
Mas não há meio-termo.
Sem ele, não podemos continuar existindo com sanidade sob condições de realidade absoluta."
A maldição da residência hill.

Sukuna Ryomen, o implacável rei das maldições, conhecido por sua crueldade e poder devastador, jamais imaginou que um coração tão endurecido poderia sentir algo além de ódio. Os moradores da vila de Honshu, em desespero e medo, decidiram apaziguá-lo com uma oferenda humana, na esperança de escapar de sua ira. Foi então que uma jovem mulher, magra, maltrapilha e cega, foi levada até ele.

Quando Sukuna a viu, algo incomum o atravessou — não terror, não repulsa, mas uma estranha compaixão. Ela estava marcada pelo abandono e sofrimento, mas havia uma dignidade oculta em sua fragilidade. "Fique comigo", Sukuna disse, sua voz sombria, mas estranhamente suave. "E eu te farei rainha."

A jovem, que esperava apenas sua própria morte, ergueu o rosto com um misto de descrença e cautela. Sukuna, o ser mais temido por gerações, oferecia a ela não só proteção, mas um lugar ao seu lado. Ele, que nunca havia conhecido amor ou empatia, se viu surpreendido por um desejo incompreensível de resgatar aquela mulher da escuridão em que ela estava presa, assim como ele próprio, embora de formas diferentes.

Porém, o mundo das maldições e o destino de Sukuna não perdoam fraquezas. Em meio a suas próprias trevas, ele começa a questionar: será que o monstro que sempre foi teria espaço para um coração? E até onde ele iria para proteger aquele frágil raio de luz que ousou entrar em sua vida sombria?