Capítulo 21

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Aron narrando...

A alvorada surgia lenta e dourada sobre o horizonte, e dentro do esconderijo, a atmosfera era tensa e carregada de expectativa. Lexie, estava deitada em uma cama improvisada, estava prestes a dar à luz. Suas respirações eram irregulares, o suor escorrendo por seu rosto enquanto ela apertava com força a mão de Cael, que estava ao seu lado, oferecendo todo o suporte que podia.

— Está quase, Lexie — murmurei, com a voz suave e cheia de preocupação. — Você é forte, vai conseguir.

Por um breve momento ouvi um barulho do lado de fora, sai de perto de Lexie para averiguar. Eu estava com um pressentimento terrível, como se algo estivesse prestes a acontecer. Eu sabia que essa noite seria decisiva, não apenas pela chegada do bebê, mas por uma escuridão crescente que sentia se aproximar, ameaçando envolver a todos eles.

Subitamente, uma explosão sacudiu o esconderijo, fazendo a estrutura estremecer. Parei bruscamente e olhei para a porta, com o olhar firme, mas o coração acelerado.

Aron: Cael! Algo está errado lá fora! — eu gritei, já correndo em direção à saída.

Cael: Cuide de Lexie, eu vou averiguar! — Cael respondeu de dentro do quarto, sem tirar os olhos de Lexie, cujas dores de parto se intensificavam.

Eu ja estava em, posição de ataque, abri a porta e sai correndo pela cidade, onde o caos já começava a se espalhar. Figuras encapuzadas, com olhos brilhando em vermelho, atacavam indiscriminadamente. Eram seguidores de Seleneia, enviados para destruir qualquer resquício de esperança.

Avançei contra os invasores com toda a minha fúria. Minhas garras cortava o ar, e cada movimento era preciso, mas o número de inimigos parecia interminável. Eu sabia que tinha que protegê-los, proteger Lexie e o bebê a qualquer custo.

Enquanto a batalha se desenrolava aqui fora, dentro do esconderijo, o meu filho estava prestes a nascer. A tensão no ar era palpável, como se o próprio destino estivesse aguardando o desfecho daquele momento. Cael estava ao lado dela, utilizando sua magia para acalmar Lexie e garantir que tudo corresse bem. Graças a nossa ligação de companheiro, eu sabia o que estava acontecendo.

Cael: Vamos, Lexie. Falta pouco! — Cael encorajou, enquanto um brilho suave emanava de suas mãos, aliviando parte da dor dela.

E então, com um grito final de esforço, o choro de um recém-nascido ecoou pelo quarto. Lexie, exausta, mas com lágrimas de alegria nos olhos, estendeu os braços para segurar nosso filho. O bebê, envolto em uma luz tênue, parecia irradiar uma energia especial, uma promessa de esperança em meio à escuridão.

Cael: Ele é lindo, Lexie — disse Cael, um sorriso surgindo em seu rosto.

Mas a paz daquele momento foi abruptamente interrompida quando um grito agudo de dor ecoou de mim, eu lutei para protege-los até meu ultimo suspiro.

Cael narrando...

Lexie: Aron! — Lexie gritou, seu coração apertado de imediato.

Corri até a porta e abri, revelando a batalha sangrenta do lado de fora. E, no meio do caos, estava Aron, ajoelhado no chão, com uma lâmina cravada em seu peito. Sangue escorria de sua ferida, manchando o chão sob seus pés. À sua frente, um dos seguidores de Seleneia mantinha a mão firme no cabo da espada, um sorriso cruel em seus lábios.

— Não... — sussurrei, correndo em direção a Aron.

Aron, com dificuldade, olhou para o céu enquanto o sangue continuava a sair da ferida mortal. Seus olhos, outrora cheios de vida e determinação, agora estavam nublados, e sua respiração era irregular.

— Aron! — Lexie gritou novamente, sua voz cheia de dor, enquanto tentava se levantar da cama, segurando seu filho recém-nascido.

Cai de joelhos ao lado de Aron, tentando usar minha magia para estancar o sangramento, mas sabia que era tarde demais.

Cael: Não... você vai ficar bem — disse, tentando manter a esperança, mas minha própria voz traía o desespero.

Aron sorriu fracamente, com dificuldade em manter os olhos abertos. Ele sabia que seu fim estava próximo.

Aron: Proteja... eles... — ele murmurou, a voz quase inaudível. — Cuide de Lexie... e do bebê...

Eu assenti, com lágrimas nos olhos, enquanto pressionava a ferida de Aron com mais força. Mas, antes que pudesse dizer mais alguma coisa, o corpo de Aron começou a brilhar com uma luz estranha. recuei, surpreso, enquanto o corpo do meu amigo desaparecia diante de meus olhos, desintegrando-se em pequenas partículas de luz que se espalharam pelo ar.

Lexie: Não! — Lexie gritou, caindo de joelhos, com o bebê em seus braços. As lágrimas escorriam por seu rosto enquanto olhava para o vazio onde Aron estivera.

O ar ao redor deles ficou pesado, como se o próprio mundo estivesse lamentando a perda de Aron. O sacrifício dele havia protegido Lexie e o bebê, mas seu destino havia sido selado.

Com o rosto pálido, permaneci ajoelhado no chão, olhando para o espaço vazio onde Aron havia desaparecido. Eu havia prometido protegê-lo, mas não consegui. E agora, só restava uma dor insuportável.

Cael: Ele se foi, Lexie... — sussurrei, a voz embargada pela dor.

Lexie, ainda chorando, segurou o bebê com mais força, o coração apertado pela perda. Ela sabia que Aron havia se sacrificado por eles, mas a dor de sua ausência era insuportável. Enquanto o vento soprava suavemente ao redor deles, ela sentiu o peso do mundo sobre seus ombros. O sacrifício de Aron seria lembrado, mas a luta estava longe de terminar.

E, agora, com um recém-nascido em seus braços e um futuro incerto à frente, Lexie sabia que a jornada para proteger o que restava de sua família estava apenas começando. 

Antes que pudessemos pensar no que fazer a seguir, os seguidores de seleneia foram derrotados, com um poder sombrio, eu sabia da onde esse poder estava vindo, nenhum ser sobrenatural detém deste poder, apenas o senhor do inferno.

O céu escureceu e com um rugido angustiante ele surgiu, o Senhor do inferno, com um exercito de demonios, que transbordavam sede de sangue, sem um aviso de anunciação eles partiram para cima da gente. A única coisa que pude fazer foi me lançar para cima deles, protegendo assim Lexie, o bebê e Augusta.

Levei a guerra para o mais longe que pude deles, mas não parava de surgir demonios, eu sentia que já estava no meu limite, e quando achei que iria falhar, Lexie aparece, lançando feitiço ou estraçalhando com seu lado loba, minha energia foi recarregada e juntos seguimos os enfrentando.


conquistando a companheiraOnde histórias criam vida. Descubra agora