Prólogo

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? - Foi aqui

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? - Foi aqui... onde tudo começou. No corpo de um cão.

Volte aqui, volte aqui sua gatinha maldita! Eu vou matar você e esse cachorro nojento!

? - Ele queria me machucar, eu sei... Mas eu não queria isso, eu deveria ter voltado e ajudado ele. Foi tudo minha culpa.

***

Uma gatinha corria pela floresta, um duas pernas gritava logo atrás. A gatinha chorava, ouvia-se todos os tipos de terror atrás dela; tiros, gritos e choros.

Um tiro passou próximo a pata dela, fazendo a gatinha pular. Oque ela poderia fazer? Um duas pernas armado, sangue já escorria de um corte em sua orelha.

Eu... tenho que correr, eu tenho que correr... tenho que...

Outro tiro, e outro e outro.

Logo o duas pernas parou, parecia recarregar algo duro em suas mãos.

A gatinha aproveitou a oportunidade e correu, suas patas estavam cansadas... mas mesmo assim ela foi. Correu como a luz.

Depois de um tempo, os tiros pararam. Os duas pernas haviam desistido!

A gatinha andou mais um pouco, ela tinha os olhos nublados de ódio e tristeza. Sua orelha ardia, sangrava muito.

Dos arbustos, havia olhos. Eram cor âmbar, e uma gata pulou dos arbustos, parando em cima da gatinha.

? - Quem é você? Oque faz aqui? Não tem cheiro de clã. Seu sangue distrai todo o cheiro.

? - Não me machuque, por favor!

A gata olhou mais uma vez para a filhote, e soltou ela.

? - É fêmea... tem cheiro de duas pernas. Não está longe de casa?

? - Casa... homens machucam.

? - Então você fala. Pensei que não sabia miar!

A felina abaixou a cabeça, com medo.

P'C - Estrela de Carvalho precisa ver isso. Eu não vou te machucar, gata. Só preciso que você venha comigo. Sou Pena de Coruja.

Ela apenas concordou, não havia para onde ir. Ela sangrava, tinha fome e estava com muito frio.

Andaram um pouco, até chegar em uma caverna aquática. Tinha um enorme rio, cavernas e várias camas com algas e musgo. No meio de todo o mar, havia uma pedra enorme com uma caverna em baixo. Lá encima dela havia um gato de pelagem amarronzada.

P'C - Está vendo aquele gato?

? - Estou...

P'C - É Estrela de Carvalho. Fique aqui, eu vou chamar ele.

A gata entrou na água, nadou por alguns meros minutos e chegou na pedra. Chamou o gato e logo voltaram juntos. A caverna era brilhante, o lago dela era lindo.

E'C - Então tinha uma gatinha de gente, em meu território. Ela fala? Parece ter 6 luas.

P'C - Fala sim. Não acho que tenha nome.

A - Azulzinha... me chamo azulzinha.

E'C - Ela está sangrando. Vá buscar rabo tempestuoso. Peça bile de camundongo também, ela está muito... mal tratada.

***

O gato cor de chumbo cuidou da gata, mesmo com tantas dificuldades.

Por que estão cuidando de mim... não sou valiosa, não sou dinheiro. Nem ouro.

A - Por que estão cuidando de mim? Não sou dinheiro.

Os gatos se entreolharam.

E'C - Dinheiro? Oque é isso?

A - Os humanos usam... é valioso, conseguem tudo que querem com isso.

P'C - Duas pernas, é isso?

A - Se for pessoas grandes, que usam pelo... sim.

P'C - São duas pernas. Eles vivem invadindo o território de todos os clãs. O nosso é único, eles tem medo de entrar.

A - Clãs? Tipo... grupos?

P'C - Sim. O clã da lua, o clã do eclipse, o clã da guerra e o nosso. O clã observador. Lá no alto está o clã das estrelas, são nossos ancestrais. Parentes que perdemos.

***

Azulzinha havia encontrado algum lar? Ou uma... mãe? Será mesmo que gatos de "clãs" podem salvá-la?

Gatos Guerreiros: O Mistério da Estrela PerdidaOnde histórias criam vida. Descubra agora