Always Forever || Wilmon AU.

9. Birds of a feather (PARTE II)

1 dia depois.

Na noite seguinte, todos os adolescentes se reuniram no pátio do acampamento, onde uma fogueira crepitava no centro, lançando faíscas para o céu estrelado. As risadas e conversas ecoavam pelo local, enquanto todos se acomodavam em círculos improvisados, prontos para uma noite de diversão. O jogo da vez era "Verdade ou Desafio", e as regras eram simples: ninguém podia se esquivar de uma pergunta ou desafio, por mais constrangedores que fossem.

Eles estavam fazendo desafios sobre beijo, beijar ou ser beijado. Era bem inovador, para Wilhelm ser honesto.

Ele estava sentado em um tronco de madeira, observando os outros escolherem entre verdades e desafios, cada vez mais escandalosos. Ele tentou participar das risadas, mas seus olhos sempre voltavam para Simon, que estava em um canto, de mãos dadas com Theo. A visão fez o coração de Wilhelm apertar, mas ele tentou ignorar, forçando um sorriso.

Kimberly, que estava liderando o jogo, se virou para Wilhelm com um sorriso travesso. "Tá afim de jogar, gatinho?"

Ele hesitou, mas acabou assentindo, mesmo sabendo que aquilo poderia acabar mal para ele.

"Então, Wille, verdade ou desafio?" Kimberly perguntou, seus olhos brilhando de curiosidade.

Wilhelm pensou por um momento. Ele não queria um desafio de ter que beijar alguém, então decidiu ir pelo caminho aparentemente mais seguro. "Verdade."

Kimberly sorriu ainda mais. "Você tá afim de alguém no momento?"

O rosto de Wilhelm imediatamente ficou vermelho. Ele sentiu todos os olhares sobre ele, e seu coração começou a bater mais rápido. Hesitou, querendo evitar a pergunta, mas sabia que todos estavam esperando uma resposta.

"Sim," ele respondeu, sua voz baixa e quase inaudível.

Kimberly, claro, não estava satisfeita com isso. "Quem é? Conta pra gente!"

Wilhelm sentiu o peso da pergunta como um golpe. Ele não podia simplesmente dizer o nome de Simon ali, com Theo ao lado dele. O desconforto começou a crescer dentro dele, e ele percebeu que não conseguia mais ficar ali.

"Eu... Eu preciso ir," disse ele, levantando-se abruptamente e se afastando do grupo. As risadas e perguntas curiosas dos outros ficaram para trás enquanto ele caminhava em direção aos chalés, sua mente um turbilhão.

Simon observou Wilhelm sair e sentiu um aperto no peito. Algo claramente estava errado. Sem pensar duas vezes, ele soltou a mão de Theo, que ficou confuso com a súbita partida de Simon, e foi atrás de Wilhelm.

Wilhelm estava sentado na cama do seu quarto, de cabeça baixa, quando Simon entrou.

"Ei, o que aconteceu?" Simon perguntou, fechando a porta atrás de si e se aproximando.

Wilhelm levantou o olhar para Simon, e seu coração se apertou ao ver a preocupação nos olhos dele. "Nada não, só precisava de um pouco de ar, e agora eu tô com câimbra..."

Simon riu da tolice de Wilhelm, "Você não mudou nada, continua o mesmo bobo de sempre." Ele se sentou em sua própria cama, de frente para Wilhelm.

"E isso é bom ou ruim?"

"Bom. Você é meu bobo." Simon mordeu o lábio inferior para conter um sorriso, mexendo na barra de sua camisa nervosamente.

"Mas então..." Wille começou, querendo dizer algo que estava martelando na sua cabeça há horas. "Sobre ontem, na enfermaria... Sobre a gente se resolver. Eu sei que agora tá tudo bem entre a gente, mas eu realmente queria saber o que aconteceu com você."