A fumaça cobria o local como um manto, Rose não conseguia se mover sem inalá-la. Após sua passagem para a plataforma 9 ³/4, ela correu rapidamente até seu pai e não o soltou.
Rose olhava atentamente o local, vislumbrada com o que havia ali. Barulho de pessoas conversando e do sistema de locomoção do trem, a fumaça que saia branca da chaminé, e famílias de bruxos.
–Pode deixar que eu levo, pai – Rony se virou para a filha com o cenho franzido.
–Que isso?
não há problema nenhum – eles seguiram, mas ela ainda insistia.–Só porque eu sou mulher, você acha que eu não consigo carregar minhas próprias malas?! – o pai da garota soltou o carrinho em rendimento.
–Então tá, sabichona, não está mais aqui quem falou – ele se virou para Hermione e os dois seguiram em direção aos Potter. Rose sorriu satisfeita e passou a carregar as próprias malas, mas logo seu sorriso se foi ao perceber que suas bagagens não estavam tão leves quanto ela pensava.
Ela seguiu com certa dificuldade e colocou as malas dentro do trem junto de alguns outros alunos que via nos corredores de sua escola.
–Me esperem! – Rose gritou para outro casal à sua frente. Eles olharam para trás e sorriram ao ver a ruiva.
–Rosie! – Scorpius gritou e correu até sua amiga para abraçá-la, a ruiva passou seus braços pelos ombros dele e o apertou – Albus já estava comentando de te deixar para trás.
–É claro que estava – Rose se virou para o primo que lhe lançou um sorriso maroto.
–Vamos entrar?
Eles olharam, um de cada vez, para o trem. Nostálgicos. Lembrando de seus momentos se despedindo da família, de casa e das férias, todos prestes a se tornarem bruxos de verdade. Eles sentiram uma sensação estranha dentro da barriga.
A memória que permanecia em suas cabeças era aquela que eles criaram na primeira vez que viram tudo isso, Rose ansiosa, Scorpius esperançoso, Albus com medo. Eles eram apenas crianças e, de repente, já se tornaram adultos.
Mesmo adultos, Rose estava ansiosa, Scorpius estava esperançoso e Albus estava com medo. As crianças dentro deles nunca morreram, elas estavam ali, como qualquer outra lembrança.
Rose se virou para os pais e os abraçou ao mesmo tempo, já enfiando a cabeça em seus ombros.
–Vou sentir muita saudades – eles a rodearam e falaram coisas positivas, mas ela ainda não estava convencida de que esta seria sua última vez indo para Hogwarts. “Ainda falta muito tempo para as aulas acabarem” ela dizia para si mesma, tentando se convencer de que teria tempo para aproveitar.
Albus limpou uma lágrima que escapara enquanto se despedia dos pais, tentando disfarçar o sofrimento. Scorpius sorria alegre para o pai, que trocava risadas provocativas com Harry.
Rose respirou fundo, uma última vez, olhou para o vitral no teto com barras de ferro e entrou no trem, com toda a determinação. Ela correu até um vagão perto da porta, junto de Scorpius e Albus, mas logo sairia dali para ficar no vagão dos monitores.
“Meu gato” Rose lembrou, já se desesperando quando percebeu que deixou ele com sua mãe.
–Rose! Rose! – chamou Hermione perto da janela aberta e ergueu o gato para que Rose pegasse – quase que você esquece o Bisnaga!
–Ai Merlin, meu amor, você está bem? – ela falava atentamente para o gato, que tinha os olhos levemente esbugalhados, ele miou em resposta, fazendo a ruiva sorrir – muito obrigada, mãe – ela lançou um beijo no ar e sua mãe fingiu pegar e guardar no coração.
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Os 5 segredos não contados à Rose Granger-Weasley
Fanfiction"Há sempre aquela garota que te espera na saída da sala de aula, mesmo que seja para te ridicularizar e dizer que nada da sua vida importa, mas, mesmo com essas palavras, ela estará lá, ao seu lado depois de uma aula difícil de poções, depois de uma...