Drunk Walk Home - Mitski

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O Sol quente refletia na pele escura de Rose, ela sentia-se bem embaixo da sua fonte de calor favorita, diferentemente de Rayna, que estava agora mesmo embaixo de uma árvore.

–Daqui a pouco você pega uma insolação – Kali murmurou de mal gosto ainda com os olhos fixos no livro sobre feitiços que envolvem fogo – sabe, não é normal alguém gostar tanto do deus Sol.

–Uma coisa é certa, minha vitamina D está em dia, e a sua? – um olhar afiado foi lançado para a ruiva.

A grama do jardim estava verde, considerando que elas estavam quase no inverno. Os alunos se recolhiam na fogueira dentro de suas comunais, mas no caso delas, a biblioteca estava fechada por conta de dois idiotas que explodiram bombas de bosta lá, Lily Luna e o irmão da ruiva, Hugo, então tiveram de optar por outro lugar.

–O que acha do Protego Diabolica? É um feitiço esplêndido de proteção, ninguém seria capaz de ganhar de nós.

–Certo, como você faria isso? Não é óbvio que gastaria toda sua força? Não é uma escolha boa para um duelo.

–Você é chata demais, Polly, aposto que o feitiço que você tem em mente é Expelliarmus.

–Na verdade, eu tenho um melhor. Olhe – Rose se juntou a Kali e encostou-se no tronco largo da árvore. A página, antes coberta pelo Sol, tornou-se mais escura, uma tonalidade bege lhe cobria podendo enxergar perfeitamente as letras cursivas.

–Aqua Eructo Duo. Feitiço de água? Somos opostas – Kali sorriu em negação, Rose revirou os olhos e passou algumas páginas.

–Olha, vamos começar com os feitiços de ataque, acho melhor para termos alguma chance.

–Nas quintas, nós podemos treinar a prática.

–Perfeito, muito bem, Rayna – Rose sorriu satisfeita e a morena franziu o cenho, estranhando a concordância de sua colega.

–Tá bom então – ela voltou seus olhos para as letras dos livros – vamos fingir que você não vai me atingir com um feitiço de propósito.

–Não sou assim, mas quem sabe – a ruiva olhou o relógio em seu pulso esquerdo – desculpe-me, Rayna, vou me encontrar com Albus. Continuaremos amanhã?

–Tá, pode ser. Boa sorte com o Potter – elas se olharam uma última vez antes de Rose virar de costas e seguir até a porta lateral do castelo.

Rayna estava estranhando o jeito de Rose, ela estava mais gentil e até amigável, mas não iria cair no truque, sabia exatamente o que sua colega queria.

Enquanto isso, a mais baixa andava pensante pelos corredores, segurando um grupo de livros para seguir até o oeste do castelo, onde encontraria Albus na ala de astronomia.

Ela sabia que ele havia conseguido alguns doces com sua irmã. Como Scorp estava ocupado resolvendo problemas de Monitor, os dois resolveram passar um tempo familiar.

–Quer mais? – Albus, que agora bocejava, estendeu o saquinho de feijões mágicos até sua prima.

Ambos estavam  sentados no chão de um corredor escuro, com a pouca luz do sol da tarde sendo coberto pelas janelas de vidro. Eles acharam o local perfeito entre uma pilastra na parede e uma estátua de um mago que eles chutam ser Merlin.

–Claro – ela respondeu, comendo e de imediato fazendo uma careta azeda – cera de ouvido, eca!

Albus sorriu sem mostrar os dentes enquanto mastigava um sapo de chocolate.

–Você foi muito bem no jogo, aquele rebate duplo, uau, incrível.

–Scorp que te explicou tudo isso, não é?

Os 5 segredos não contados à Rose Granger-WeasleyOnde histórias criam vida. Descubra agora