DAUGHTHER'S OF BELLONA | Hogwarts Lendo Pjo

III - 𝐺𝑟𝑜𝑣𝑒𝑟 𝑑𝑒 𝑟𝑒𝑝𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑝𝑒𝑟𝑑𝑒 𝑎𝑠 𝑐𝑎𝑙𝑐̧𝑎𝑠

Ponto de vista
Jason

Era muito estranho ver como as coisas mudam, antes, observar Reyna dormir era uma coisa normal, que eu fazia todo dia, hoje era uma coisa rara, que sinceramente eu achei que nunca mais eu faria.

Era muito esquisito, diferente, incomum, bizarro, exótico, anormal, excêntrico e milhares outros sinônimos para estranho, ver Reyna deitada no ombro de uma pessoa que eu nunca vi na vida, dormindo, totalmente em paz, nem parecendo notar ou se importar que estava em um Salão com outras centenas de pessoas, deuses e professores, nem um pouco preocupada em essas pessoas e deuses vendo ela totalmente vulnerável. Reyna sempre odiou ser vista como frágil, não é atoa que eu demorei mais de 3 anos para conseguir intimidade o suficiente para a gente fazer uma festa do pijama. Eu lembro desse dia até hoje, e agradeço todo dia por Hera ter me devolvido esse fragmento da minha vida.

Ah tudo bem né, ainda falta toda a minha vida no acampamento júpiter, mas Hera já fez muito me deixando esse pequeno fragmento e o dia em que eu conheci as gêmeas Arellano, esses pequenos fragmentos da minha vida devem ser o suficiente para eu voltar a minha antiga personalidade né Hera?

Mas parecia que eu não conhecia mais Reyna, ou eu nunca conheci ela de verdade, ou eu só não sou essas pessoas ao redor dela, ou ela mudou.
Quem diria que em quase dois anos uma pessoa mudaria tanto.

E a Hermione nossa, ela estava tão a vontade, em um vestido e com uma expressão tão leve, dá para contar nos dedos as vezes em que vi Hermione com uma expressão leve. É, elas definitivamente não são as mesmas.

Observar as duas não era incomum, mas observar de longe, isso sim era estranho, eu sempre estive muito perto, perto o suficiente para contar as minis sardas na testa de Reyna e no queixo de Hermione, para ver a marca de nascença em formato de estrela que as duas tinham no antebraço direito. Naquela distância eu não via nenhuma dessas características.

Acordei dos meus pensamentos quando uma voz suave começou a falar.

– Hora da confissão: descartei Grover assim que chegamos ao terminal rodoviário...

– Que mal educação – a mulher gorda, ruiva e velha falou.

Vi Percy tremendo, com certeza já pronto para explodir um cano ou apertar as veias de alguém, mas Annabeth foi rápida em segurar sua mão.

Eu sei, eu sei. Foi rude. Mas Grover estava me deixando fora de mim, me olhando como se eu fosse um homem morto, murmurando:

―por que sempre tem de ser na sexta série?

– Justificável – Clarisse falou, – eu também fugiria.

Sempre que Grover ficava nervoso, sua bexiga entrava em ação, portanto não fiquei surpreso quando, assim que descemos do ônibus, ele me fez prometer que o esperaria e foi direto para o banheiro. Em vez de esperar, peguei minha mala, saí discretamente e tomei o primeiro taxi saindo do Centro.

- Cento e quatro Leste com a Primeira Avenida - disse ao motorista.

* Uma palavra sobre a minha mãe, antes que você a conheça.

– Simplismente a melhor pessoa de todo o mundo. – minha irmã praticamente gritou.

Seu nome é Sally Jackson e ela é a melhor pessoa do mundo, o que apenas prova minha teoria de que as melhores pessoas são as mais azaradas. Os pais dela morreram em um desastre de avião quando estava com cinco anos, e ela foi criada por um tio que não lhe dava muita bola. Queria ser escritora, assim passou o curso de ensino médio trabalhando e economizando dinheiro para pagar uma faculdade com um bom programa de oficinas literárias. Então o tio teve câncer e ela precisou abandonar a escola no último ano para cuidar dele. Depois que ele morreu, ela ficou sem dinheiro nenhum, sem família e sem diploma.