Capítulo três.

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Em uma sala onde a gelida névoa se fazia presente por todo aquele cômodo vazio, o próprio vento era quem fazia o único barulho que podia ser captado. Seu rugido penetrante, e ao mesmo tempo silencioso ecoava por todo aquele lugar que não era identificável.

Sana estava ali, com seus braços e pernas totalmente imobilizados. Ela não podia se mexer, muito menos falar pois não conseguia. O nevoeiro crescia cada vez mais incessante ao seu redor, e por alguns instantes, ela não conseguia nem mesmo respirar com limpidez.

Não sabia distinguir a veracidade daquele local, e quando se pôs a respirar fundo, sentiu em seu olfato um estranho cheiro de fumaça. Como mágica, aquela névoa foi se tornou algo como neblina e fumaça, ambos tornando o ar daquele lugar extremamente denso.

Aquilo foi o ápice da mente confusa da japonesa, que se desesperou e começou a se debater na cadeira quando notou tudo ficar alaranjado ao seu redor. Fogo se espalhou por tudo que podia estar no alcance de sua visão. Aquilo era definitivamente seu fim trágico.

Fogo, fumaça, névoa, sala escura e fechada, ela estava presa em uma cadeira, mas não havia amarras alguma em nenhum de seus membros, muito menos fitas em sua boca, então por qual motivo ela não conseguia ao menos clamar por ajuda de algum ser que talvez saiba de sua existência ali?

Algo vermelho materializou-se em sua frente diante á todos os estouros de fogo que eram escutados por seus ouvidos sensíveis, e Sana logo percebeu o que era aquela figura de vermelho.

Uma mulher.

Que tinha seu rosto como um borrão, talvez fosse por seus sentidos precários devido ao calor extremo do fogo e do efeito da fumaça em seu pulmão. O vulto vermelho se aproximava á medida que Sana continuava a se debater naquela cadeira.

A chama ardente rapidamente se aproximava de sua cadeira e ela se via diante da morte. Todo aquele tormento estava fazendo lágrimas rolarem por suas bochechas rosadas pela quentura do local.

Sana estava sucumbindo sem que houvesse alguma chance para suplicar por amparo ou proteção. Pedindo silenciosamente para que alguém lhe puxasse para cima, impedindo que ela pudesse se afogar no mar do esquecimento.

Sucumbindo tristemente naquele maldito cômodo iluminado apenas pela brasa que lhe cercara.

A moça fez um gesto que pareceu extremamente familiar aos seus olhos, ela lhe concedeu sua mão para que Sana segurasse, mas havia algo sobre isso, pois ela não conseguia se mover.

O fogo se retraia conforme a mulher de fisionomia esbelta lhe alcançava. Ainda com a mão estendida, ela vociferou as seguintes palavras que ecoaram por toda aquela sala fosca:

一 Venha comigo, Sana. 一 E quando a japonesa tentou , seu corpo finalmente conseguiu se levantar daquela cadeira que antes foi o motivo de seu grande desespero.

Run Away. | Satzu.Onde histórias criam vida. Descubra agora