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⚠️ Aviso de conteúdo sensível: Este capítulo contém temas sensíveis, como tentativa de abuso sexual e bullying. Se esses assuntos podem ser perturbadores para você, por favor, não continue a leitura.⚠️

Hana on

Consegui tudo o que eu queria. Eu destruí a "senhorita perfeitinha".

Sinto nojo de quem se acha especial em tudo o que faz. Aquela garota, Sn Hanagaki, me dá nojo.

Bom, dava nojo. Agora, eu tenho tudo o que sempre quis: seus amigos, seu namorado, toda a atenção que sempre deveria ter sido minha. Eu te venci, Sn.

Ainda me pergunto como eles acreditam que foi ela quem fez tudo aquilo, sendo que era pura maquiagem. Ou eles são cegos ou apenas descartam as pessoas como se fossem lixo.

Sn on

Voltei para a escola... e com minha volta, o bullying voltou como uma tempestade inevitável.

Hanabi: Olha só, gente, a putinha voltou. Que saudade da minha cadelinha. – Ela ri, e suas palavras perfuram minha alma. Infelizmente, ela é da minha sala…

Eu abaixei a cabeça, silenciosa, esperando as próximas humilhações e agressões. Meus músculos estavam tensos, meu estômago revirava como se estivesse prestes a vomitar. A sensação de impotência me paralisava, como se as palavras dela fossem correntes que me prendiam ao chão.

Quando pensei que ela ia me bater, senti uma mão firme em meu ombro, me fazendo estremecer.

Hanma: Vamos? – Ele sorriu largamente, um sorriso que me deixou tonta por um segundo.

Shion: Fiquei dois meses fora, e quando volto vejo essas mocreias tentando diminuir a princesa da Tenjiku?

Ran: Uma tijolada resolveria.

Eu não sabia desde quando eles estudavam aqui… Tudo parecia surreal, fora de lugar, mas não ia reclamar. Não agora.

Kisaki: Vamos, Sn? – Ele falou calmamente, sua mão quente segurando a minha com gentileza. Seu sorriso... tão gentil que me partiu por dentro.

Sn: Vamos… – Um sorriso fraco surgiu em meus lábios. Mas, por dentro, uma tempestade de emoções me engolia. Eu ainda me perguntava qual o poder deles sobre a minha vida. Por que estavam aqui? Por que agora?

Hanma: Conversaremos depois, garotinhas… E garanto que nunca mais vão se meter com a minha melhor amiga. – Sua voz baixa e ameaçadora me fez arrepiar. Até eu senti medo dele.

Elas ficaram estáticas, pálidas, assim como os caras que sempre me batiam por elas. Era como se tivessem visto fantasmas.

Kisaki e eu fomos para a mesma sala, e aparentemente os outros também eram da nossa turma.

Quando me sentei, os rapazes que estavam ao meu redor rapidamente se afastaram. Eu me sentia estranha. As cadeiras em volta de mim estavam vazias, mas minha mente estava sufocada com sentimentos que não conseguia controlar.

Rindou: Que aula temos hoje?

Sn: Física, matemática, história, culinária, ética, língua japonesa… – Eu estava tentando me lembrar das outras duas matérias, mas minha cabeça estava em outro lugar, afundada em um buraco negro de pensamentos e medos.

Kisaki: Geografia e artes.

Ran: Boa noite, pessoal. Me acordem no recreio.

Ran e os outros se ajeitaram para dormir. Meu coração estava disparado, e eu estava morrendo de medo que o professor nos repreendesse por juntar as carteiras. Eles não pareciam se importar. Eu, por outro lado, mal conseguia respirar.

Kisaki: Preguiçosos… – Ele estava irritado, e eu deixei escapar uma risada nervosa. Ele me olhou com ternura, mas essa ternura só aumentava meu caos interno.

Você me confunde, Kisaki… Eu pensei, sentindo meu coração acelerar ainda mais. Será que estou sendo usada?

Para minha surpresa, o professor não nos repreendeu.

Após algumas horas de aula, pedi para ir ao banheiro. A necessidade de sair daquela sala era urgente. Senti o peso do mundo em meus ombros, e o ar ali dentro parecia denso demais, difícil de respirar.

Fui rapidamente ao banheiro, tentando limpar minha mente de todo o caos. Mas quando tentei sair, percebi que a porta estava trancada. Um frio correu pela minha espinha.

??: Você não vai sair daqui, putinha. – A voz masculina atrás de mim me fez congelar. Era como um pesadelo. Minhas pernas tremiam, e meu corpo todo ficou tenso, em pânico absoluto. – Acha que só porque está se metendo com a Tenjiku não vai se meter comigo? Achei que você era uma virgem qualquer, mas pelo visto, você está se divertindo bastante com eles.

Meu coração batia tão rápido que eu achei que ia desmaiar. Minhas mãos tremiam descontroladamente enquanto tentava pegar o celular no bolso do meu casaco. As lágrimas já caíam, mas eu não tinha forças para segurá-las. Me afastei, tentando me esconder em uma das cabines, trancando a porta.

Enviei uma mensagem desesperada para Izana.

"Socorro."

Mas ele não respondeu. O desespero tomou conta de mim. Por que ele não responde? Meu corpo todo tremia, eu mal conseguia respirar. As lágrimas cegavam minha visão, e meu peito estava tão apertado que sentia que ia sufocar ali mesmo.

O homem começou a chutar a porta, rindo, enquanto eu soluçava, sentindo cada fibra do meu corpo se despedaçar.

Por que tudo isso está acontecendo comigo? O que eu fiz para merecer isso? Pensei, desesperada, afundada em um mar de medo.

Ele chutou a porta com força, abrindo-a, e um sorriso nojento se espalhou pelo seu rosto. Ele me puxou pelos cabelos, e a dor foi insuportável. Minhas pernas falharam, e eu caí no chão, impotente, vulnerável.

??: Vai ser rápido. Você é gostosa. Não vai demorar. – Sua voz era baixa, cheia de luxúria e nojo. Ele arrancou meu casaco, e com um movimento brutal, rasgou minha camisa.

Eu gritei, mas ele tapou minha boca. O desespero não era suficiente para descrever o que eu sentia. Eu estava destruída.

Quando ele ia encostar seus lábios no meu corpo, a porta do banheiro foi destroçada.

Lá estavam eles. A Tenjiku.

O homem se virou, rindo, como se não se importasse.

??: Calma, gente. Eu só ia brincar um pouco com a putinha de vocês. Não ia tomar ela de vocês. – Ele sorriu, mas antes que pudesse continuar, Izana o chutou com tanta força que ele caiu longe de mim.

Kisaki correu até mim, me cobrindo com sua jaqueta. Ele me segurou gentilmente, como se eu fosse feita de vidro.

Kisaki: Vamos para casa. Ele fez mais alguma coisa com você? – Sua voz era suave, mas havia uma raiva tão forte que ecoava em cada sílaba.

Eu neguei com a cabeça, chorando ainda mais.

Ele me pegou no colo como uma noiva, e eu me encolhi, escondendo meu rosto em seu peito. Eu não queria mais ver nada, não queria mais sentir nada.

Eu ouvi risos, mas não eram risos felizes. Eram risos que carregavam promessas de vingança. Eu sabia, aquele homem nunca mais veria a luz do dia.


Bom… até o próximo capítulo

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