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Kisaki me levou para casa.
Eu não conseguia me desgrudar dele. Cada célula do meu corpo implorava para que eu continuasse segurando sua mão. Soltá-lo parecia sinônimo de voltar a correr perigo.

As lágrimas simplesmente não paravam. Meus olhos eram como uma fonte sem fim.

Em casa, ele me guiou até o banheiro, sua voz baixa, mas firme. 

Kisaki: Tome um banho quente. Voltarei com roupas quentes. — Foram suas últimas palavras antes de me deixar no banheiro.

Eu me sentia suja, contaminada. Esfreguei minha pele com tanto vigor que, quando percebi, minhas mãos estavam vermelhas. Foi nesse momento que senti sua mão segurar a minha, me interrompendo.

Kisaki: Você está se machucando, querida… Se enxágue e venha se trocar. — Sua voz era suave, e seus olhos nunca deixaram os meus. Ele não desviou o olhar para o meu corpo, o que me trouxe um alívio imenso.

Concordei com um aceno, terminando de me enxaguar e secar. Vesti as roupas que ele havia deixado e saí do banheiro, ainda com o coração acelerado.

Ao me sentar na cama, ele reapareceu com uma bandeja de comida e água, colocando tudo cuidadosamente na mesa de cabeceira.

Kisaki: Coma um pouco.

Seus olhos denunciavam a preocupação que sentia, algo raro de se ver.

Sn: Obrigada… — murmurei, quase sem voz.

Ele acariciou minha bochecha, e o toque quente de seus dedos fez com que todo o peso que eu carregava começasse a derreter. Era como se, por um breve momento, a segurança estivesse ao meu alcance.

Narradora ON

Izana e Tenjiku já não estavam mais na escola. A breve aparição do rei de Tóquio no colégio havia gerado uma onda de curiosidade entre os alunos. Todos queriam saber o que ele fazia ali, mas ninguém tinha coragem de perguntar. Izana era temido, assim como todos os membros de sua gangue.

Hanma arrastava o agressor pelos cabelos, seu sorriso psicótico brilhando em sua expressão. Ao redor, Ran cantarolava alegremente, como se estivesse se divertindo. Rindou e Sanzu caminhavam junto, ambos com olhares de desdém.

Izana, por outro lado, mantinha uma expressão neutra, seus olhos frios como gelo avaliavam o garoto à sua frente, que tremia de medo.

Izana: Você lembra da doce garota que tentou machucar? — Sua voz era letal, cortante. — Ela é a princesa da Tenjiku. Sabe por quê?

O garoto, trêmulo, soltou um riso nervoso. 

??: E-ela... d-dá pra todos vocês, não é?

Izana permaneceu calmo, mas um sorriso gélido surgiu em seus lábios. 

Izana: Ela é como minha família. E você, verme, tocou em algo que eu protejo.

A expressão do agressor mudou instantaneamente para puro terror. 

??: Não! Por favor! Eu juro, nunca mais vou olhar para ela! Nunca mais!

Hanma: Nunca mais vai olhar para ninguém. — Ele jogou o garoto no chão com violência, enquanto riu de forma sádica.

Passos lentos ecoaram pelo local. Uma presença que eles já esperavam apareceu com uma arma em mãos. 

Kisaki: Eu cuido daqui pra frente.

Izana olhou para Kisaki com aprovação.
 
Izana: Faça ele sentir o mesmo pânico que ela sentiu.

Kisaki: Ele vai se arrepender de cada dia patético de sua vida miserável. — A frieza em sua voz fez o agressor tremer ainda mais.

Hanma, sério, perguntou: 

Hanma: E a Sn? Com quem a deixou?

Havia uma seriedade mortal em sua voz, e todos sabiam que, se Kisaki dissesse que ela estava sozinha, o agressor não seria o único a sofrer.

Kisaki: Yuzuha Shiba, Taiju Shiba, Shinichiro, Wakasa, e os dois que sempre estão com o Shiba mais velho. — Respondeu, referindo-se a Inui e Kokonoi.

Izana: Vou me juntar a eles. — Ele deu meia-volta, mas antes de sair, olhou para trás. — Livrem-se desse verme. Ele me dá nojo. — Sua repulsa era visível.

Izana saiu com Kakucho, deixando o barracão. 
Kisaki olhou para o grupo com frieza. 

Kisaki: Quebrem ele antes que eu coloque uma bala de titânio em sua testa.

O silêncio que se seguiu foi interrompido pela voz debochada de Sanzu, que chegou sem pressa. 

Sanzu: Começar a tortura sem mim? Que falta de consideração.

Hanma: Como se tivesse tortura sem você. — Ele riu, empurrando o agressor aos pés de Sanzu.

Com um sorriso sarcástico, Sanzu pisou no rosto do homem. 

Sanzu: Quantas costelas já quebraram?

Ran chutou o homem, que soltou um grito de dor. 

Ran: Pelo som, acho que duas. — Disse, rindo.

Eles seguiram torturando o agressor, física e psicologicamente. Quando Kisaki finalmente apontou a arma para a cabeça do homem, o terror no ar era palpável.

Kisaki: Tenha uma boa viagem ao inferno.

O disparo ecoou pelo local, e o cheiro de pólvora e sangue tomou conta.

Hanma, esticando os braços como se estivesse relaxando após um trabalho bem feito, comentou: 

Hanma: Agora vamos àquela escola avisar que o próximo que ousar espalhar boatos ou tocar na PRINCESA DA TENJIKU vai acabar como esse verme.

Os reis celestiais sorriram, antecipando o caos que causariam. A mensagem era clara: tocar em Sn Hanagaki era um convite à morte. E não importava se fossem aliados ou membros da própria Tenjiku — todos saberiam o que aconteceria se mexessem com ela.

Beijos. Até o próximo capítulo ✨

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