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Kisaki On

Kisaki: Esqueci meu casaco…

Hanma: Tadinho! Deixa que eu te esquento! — Ele veio me abraçar, mas o empurrei.

Kisaki: Não estou com frio, seu tapado... — Já estava me estressando, enquanto os outros riam.

A reunião estava prestes a começar quando meu celular começou a vibrar. Olhei o nome na tela e mostrei para Izana.

Izana: Atenda, quem sabe ela já terminou, e vocês podem buscá-la. — Falou animado.

Kisaki: Oi, Sn.

Mit: Então você está morando com eles, Sn! Você não tinha o direito de nos deixar! Teve a coragem de me abandonar sem explicação! E agora me sinto até aliviado, sabendo que você estava me traindo esse tempo todo. Com qual deles foi? — O que esse miserável está fazendo com ela?!

Meu sangue fervia.

Sn: Diferente de você, Takashi, eu não te traí. Minha consciência está limpa. E a sua, como anda? Como é saber que sempre carregará o peso do que fez? Saber que nem ao menos procurou a verdade? Qual é a sensação de ser enganado pela “puritana” da sua amada Hana?

Mit: E quem é você para falar da minha namorada, garota? Depois de tudo o que a fez passar, acha que tem moral para sequer citar Hana? Ninguém acredita em você, Sn, ainda mais depois de tudo que Hana falou de você. Já sabemos que você e Kisaki estão tentando nos atingir, mas seu joguinho não vai funcionar.

Sn: M-Mitsuya…

Mit: Você dizendo meu nome assim até me faz sentir falta das nossas noites juntos, Sn...

Sn: Takashi... por favor, não faça isso... vá embora, por favor.

Ele apenas soltou um riso anasalado.

Mit: Sei que você também sente falta. Não negue, meu amor. Quem sabe eu não te perdoe por suas falhas? Seja boazinha para mim... Depois, faremos o amor entre nós três... Sei que Hana e você serão ótimas namoradas para mim...

Desliguei a ligação, tomando as chaves da mão de Hanma e correndo até a moto. Dei partida ouvindo eles gritarem. Escutei barulho de motor, mas nem olhei pelo retrovisor.

Hoje, Takashi Mitsuya, você será mais que um homem morto. Terei o prazer de servir sua cabeça decapitada em uma bandeja de prata para os porcos da Tokyo Manji Gang. A cada acelerada na moto de Hanma, sentia meu peito apertar.

Rapidamente cheguei em frente à casa de Sn, descendo desesperado da moto. As palavras de súplica dela ainda ecoavam na minha mente, corroendo-me por dentro. A porta estava encostada, e ao abrir, vi Mitsuya sobre ela.

Meu sangue ferveu ao escutar os soluços de Sn, mostrando o desespero que sentia. Mais rápido do que pensei, puxei Mitsuya de cima dela e soco sua cara com força.

Kisaki: Seu desgraçado! — Meus olhos se voltaram para ela, vendo as marcas deixadas por Mitsuya.

Mit: Está com raiva porque ela quis transar comigo e te negou? — O sarcasmo e o deboche na voz dele me fizeram avançar contra ele, socando-o insanamente. Escutei passos apressados e braços me puxando para sair de cima de Takashi.

Hanma me tirou de cima dele com a ajuda de Ran. Izana se aproximou de Mitsuya, pisando em seu rosto com um sorriso demoníaco.

Izana: Kakucho, ligue para Shinichiro e mande ele trazer o imprestável do Mikey e suas gangues ao templo dos juízes. Hoje haverá um duplo julgamento.

Me soltei e fui até Sn, puxando-a para meus braços de maneira possessiva.

Kisaki: Eu estou aqui, meu amor... Ninguém nunca mais vai encostar em você.

Sn: Eu fiquei com muito medo... — Falou soluçando, e a abracei ainda mais forte antes de pegá-la no colo.

Deixei beijos no topo da sua cabeça. A levei para o quarto, ainda em meus braços.

Kisaki: Troque-se, meu amor. Você estará ao meu lado no julgamento.

Ela assentiu, pegou uma muda de roupa e foi até o banheiro para se trocar, voltando rapidamente. A puxei para mim novamente, abraçando-a forte.

Kisaki: Sei que não é o momento certo, e vamos conversar depois... mas... nunca amei Tachibana. Você sempre foi e sempre será a dona do meu coração, Sn... e quero garantir que todos saibam que você é minha garota... se você aceitar, claro...

Meu coração apertou... os "e se..." começaram a rodear meus pensamentos. Antes que ela respondesse, Rindou apareceu na porta nos chamando.

Sn On

Ele gosta de mim... Eu sou a dona do coração dele... ele me ama...

Minha vontade era de beijá-lo, de me declarar também, de dizer que sinto o mesmo, não apenas por gratidão por ter salvado minha vida. Gostava de Mitsuya porque ele gostava de mim, mas agora vejo que ele nunca foi sincero. Agora, Kisaki entrega seus sentimentos para mim, como se fossem belas poesias...

Estava na garupa de Kakucho.

Kaku: Não se preocupe, ele vai pagar.

Sn: Kaku... o Kisaki gosta de mim...

Ele soltou um riso baixinho.

Kaku: Que bom que ele contou, mesmo em um momento como esse. Se ele demorasse mais, eu mesmo contaria para você.

Ele fala tão calmo, tão tranquilo. Será que todos sabiam? Eu era a única que não via? Afundei meu rosto nas costas de Kakucho com as bochechas levemente avermelhadas.

Kaku: Sei que é romântico, mas agora vamos cuidar do desgraçado do Takashi e da vadia que ele namora.

Balancei a cabeça, e logo Kakucho parou a moto, ajudando-me a descer. Kisaki e os rapazes já nos esperavam. Assim que pus os pés no chão, corri até Kisaki, que me abraçou, aconchegando-me em seus braços.

Shion segurava Mitsuya junto a Mochi; pelo olhar deles, o platinado só não tinha o pescoço quebrado por causa do julgamento.

Os diversos uniformes das três principais gangues já eram visíveis. Parece que a notícia de um possível julgamento se espalhou entre os delinquentes, já que pude ver outros uniformes ao redor.

Izana: O JULGAMENTO DE TAKASHI MITSUYA E HANA COMEÇARÁ AGORA!



Beijos. Até o próximo capítulo ✨

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