quatro | u l t i m a t e

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um dia depois, 3 horas da tarde

No natal passado, minha mãe e meu pai me deram de presente uma bicicleta, mas nunca tive costume de usá-la. Eu costumo pegar carona na picape do Nathan para o colégio, então ela nunca foi uma opção para mim.

Mas hoje vou usar a bicicleta para ver o Colton. Quem sabe eu poupo o coitado do Nathan de ficar vindo até minha casa todas as manhãs só para me buscar?

Aliás, eu preciso exercitar as minhas pernas um pouco.

— Tchau mãe, volto mais tarde! — gritando ao sair pela porta de casa, espero ela me responder para que minha consciência não fique pesada.

Eu menti dizendo que ia à biblioteca estudar, então não quero que ela fique desconfiada de mim.

“Okay, mande mensagem!” quando finalmente ela responde, corro para a garagem dos fundos para pegar a bicicleta.

E eu me deparo com a coitada que está até criando teia de aranha. Essa não. Então pego uma vassourinha e tiro as teias rapidamente.

Tenho mesmo que começar a usar essa bicicleta, meus pais gastaram muito dinheiro nela. E ela é linda. Eu não me lembrava que ela era tão linda assim, pois não prestei muita atenção nela quando a ganhei.

— Okay, bicicletinha… hoje é seu dia de sorte. — dizendo a ela como se fosse uma pessoa, eu subo em cima dela e agarro os guidões. Depois começo a pedalar em direção a rua.

Sentindo o vento soprar contra o meu rosto, a sensação é ótima para um dia que está meio quente e o vento gelado. É tão refrescante que me causa até arrepios.

As ruas estão tranquilas, não há ninguém aqui fora de suas casas no meu condado, o que chega a ser libertador em um tal ponto que posso até brincar um pouco. Como gritar ao acelerar minhas pedaladas ou soltar os guidões.

A casa de Colton não fica muito longe da minha, mas é preciso passar pelo centro. O centro é onde fica o colégio, e depois dele fica a Dalton High. Nossos colégios ficam distantes um do outro por motivos bem óbvios:

Para não se matarem.

Chegando na casa de Colton, vejo alguns carros estacionados em frente a mesma, o que me deixa confusa. Quando deixo minha bicicleta deitada no gramado do seu quintal, pego meu celular e vejo se há mensagens dele.

Há uma que foi mandada há dezoito minutos atrás.

ei, tem alguns amigos meus aqui, mas eles não ficarão por muito tempo okay?

não vejo a hora de você chegar <3

Ah, droga.

Os carros estacionados aqui são dos amigos do Colton, bem que eu já suspeitava. E agora não tem como voltar atrás, eu já estou na frente de sua porta e ouço alguns burburinhos vindo do lado de dentro.

Ótimo, chego na hora errada e Colton só me avisa agora que está com visitas. Por quê ele não me avisou antes?

eu estou aqui.

tem certeza que eu posso entrar, podemos nos ver outro dia.

Encarando fixamente a tela do meu celular, eu espero que ele me responda. Mas por enquanto, ela só chega até ele, mas não é visualizada.

Sobrevivendo aos Badboys do Basquete Onde histórias criam vida. Descubra agora