sete | c a u g h t

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dia seguinte, às 16:54 da tarde

— Okay rapazes, vejo vocês amanhã!

Observando todos saírem da sala, eu espero ser a última para terminar de organizar minhas coisas, um pouco satisfeita dessa vez. A aula foi boa.

Na verdade, foi até muito boa.

Não houve comentários sarcásticos, flertes fora de hora e o principal de todos: não houve perguntas como foi Stephen King? sobre um livro que William Shakespeare escreveu.

Não houve nada disso. Hoje foi um bom dia.

— E aí, tutora. Atrapalho? — notando que é o Liam se aproximando da minha mesa, seu sorriso parece mostrar coisa boa. E o motivo? Não sei.

— E aí, Liam. E você não atrapalha.

— Ótimo. Ah, então… eu não sei como te fazer esse convite, mas vai rolar uma festa hoje à noite. Não sei se você ouviu falar. — me observando com atenção enquanto termino de fechar o zíper da minha mochila, Liam parece nervoso.

Por quê ele está nervoso?

E sim, eu ouvi falar dessa festa aí. Na verdade, quem não ouviu? Desde que Nathan me pegou em casa, ele comentou que recebeu umas mensagens dos amigos dele do futebol e robótica, comentando sobre a festa.

Quando cheguei, Megan também comentou e na aula de Ciências, meu parceiro de experimento comentou. Não havia ninguém nesse colégio que não comentasse comigo sobre a festa.

Até o Shawn comentou comigo sobre.

— Ah é, eu ouvi sobre a festa. Por acaso, vão comemorar alguma coisa?

— Não, a gente só gosta de farrear mesmo. — com um sorrisinho malicioso, eu dou risada. A sinceridade do Liam chega a ser inacreditável — Mas e aí, você está afim?

Esperando a minha resposta, eu mordo a minha bochecha, pensativa. Eu não sei se aceito. Nunca fui a uma festa dos Northon Devils antes. Eu nem sei o quê acontece por lá.

Mas há boatos. Ou seja, teorias da conspiração.

O mais famoso dessas teorias são que na verdade, não rolam festas “inocentes”. Na verdade, é uma festa secreta onde os jogadores fazem ritual com o demônio e usam os calouros como cobaias.

E da onde veio isso? Pergunte ao Shawn, pois ele viu isso no site de fofocas do colégio onde tudo acontece. Mas eu não acredito nelas, não agora. Na época, até cheguei a acreditar. Mas isso é muita loucura para cinco adolescentes.

— Espera, você está chamando ela? Para a nossa festa? — notando que Harper apareceu ao lado do Liam com um sorrisinho incrédulo, eu suspiro em desânimo.

Ah, tinha que ser.

— Sim, por quê eu não chamaria?

Me analisando com seu jeito superior, eu cruzo os braços para ele, esperando pela sua explicação.

— Bom, você sabe como funciona uma festa, Hallie Williams? — erguendo uma sobrancelha para mim, Liam suspira irritado ao coçar a testa.

— Sei Harper, eu sei como funciona uma festa. Eu não sou uma freira. — sem saber se acabei de ofender as freiras, eu me calo rapidamente.

Harper sorri mostrando seus dentes ao mordiscar essa argola chatinha em seu lábio inferior, me encarando fixamente.

— Bom, mas e então? Você vai? — ignorando as provocações do Harper, Liam espalma sua mão no meu ombros, animado ao sorrir.

Sobrevivendo aos Badboys do Basquete Onde histórias criam vida. Descubra agora