Cap. 2

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Notas da Autora:

Oi gente, tudo bem com vocês? Essa é a primeira vez que escrevo aqui, tive a ideia do nada e resolvi escrever, eu espero que gostem e se puderem comentem para que eu saiba que estão gostando. É isso, boa leitura, bjos.


Já era sábado de manhã. Kara acordou com o rosto inchado de tanto chorar. O travesseiro ainda estava úmido pelas lágrimas da noite anterior. Pegou o celular e viu várias mensagens e ligações de Lena. Ela suspirou, sentindo o coração apertar, mas ignorou todas.

Desceu as escadas lentamente e foi até a cozinha, onde o cheiro familiar de panquecas preenchia o ar.

- Bom dia, mãe. - disse, forçando um sorriso enquanto beijava o rosto de Eliza, que mexia na massa de panquecas com carinho.

- Bom dia, meu amor. Como você está? A Alex me contou o que aconteceu...

- Linguaruda! - Kara resmungou, revirando os olhos.

- Ei, eu ouvi isso! - Alex retrucou do outro lado da mesa, fingindo indignação, enquanto Kara apenas mostrou a língua em resposta.

Eliza balançou a cabeça com um sorriso divertido, mas logo o trocou por uma expressão mais séria e preocupada. - Sinto muito, filha. Vem aqui. - Ela estendeu os braços, e Kara, relutante no início, logo cedeu ao abraço caloroso da mãe. - Sei que agora parece o fim do mundo, mas daqui a um tempo você vai rir de tudo isso. A pessoa certa vai aparecer.

- Obrigada, mãe. - Kara murmurou contra o ombro de Eliza, sentindo-se um pouco melhor, mesmo que suas emoções ainda estivessem confusas.

- Oh, meu bem... por que vocês tinham que crescer? - Eliza suspirou, puxando Kara para um abraço ainda mais apertado, como se quisesse protegê-la de todas as dores do mundo.

Kara fechou os olhos por um momento, tentando se ancorar naquele momento de paz, mesmo sabendo que seus sentimentos por Lena ainda pesavam em seu coração.

Momentos depois, Kara estava jogada em sua cama, os fones cobrindo seus ouvidos enquanto a música ecoava suavemente. Em suas mãos, um livro de poemas de Emily Dickinson mantinha sua atenção fixa. Ao seu lado, Alex mexia no celular, a tela iluminando seu rosto enquanto as duas curtiam aquele silêncio confortável. Elas eram quase da mesma idade, com apenas um ano de diferença - Kara com 16 e Alex com 17 -, mas estavam na mesma turma porque Kara era vista como muito avançada para a idade pelos professores.

- Ei, maninha, quer sair um pouco? - Alex perguntou, tentando animá-la.

- Tô tranquila - Kara respondeu, sem tirar os olhos das páginas.

Alex sorriu, mas não desistiu.

- O Winn chamou a gente pra ir ao cinema. A Imra vai estar lá - disse ela, com um tom sugestivo. Kara imediatamente revirou os olhos.

- Qual é, Kara, você sabe que ela gosta de você. Só falta se jogar pra cima de você. Levanta essa banda daí!

- Alex, você sabe que não sinto o mesmo por ela. Não quero iludir ninguém - Kara suspirou, ainda focada no livro.

Alex revirou os olhos, impaciente.

- Kara, é só um cinema. Eu não tô falando pra vocês se casarem e criarem galinhas. Vamos nos divertir, vai ser legal! E... a Sam vai estar lá. - O tom da voz de Alex ficou mais suave. - Eu não queria ir sozinha, por favor? - pediu, fazendo um beicinho dramático.

Kara riu, balançando a cabeça. Ela sabia muito bem da queda enorme que Alex tinha por Sam, e parecia que o sentimento era correspondido.

- Tá, tá bom... mas só por sua causa. - Kara fechou o livro e se levantou lentamente.

Quando O Amor Se Atrasa (SuperCorp)Onde histórias criam vida. Descubra agora