Cap. 8

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POV Kara:

Os dias passaram rapidamente, como sempre me encontrando na casa de Andrea. Eu odiava ficar sozinha. Mesmo que more em um apartamento, ele sempre parece grande demais para mim, vazio demais.

Hoje, Alex tinha me ligado cedo, insistindo para nos encontrarmos para tomar um café antes de começar seu turno. Me troquei rapidamente e saí. Quando entrei no café, ela já estava me esperando.

- Nossa, demorou - disse Alex, com aquele tom impaciente, mas com um sorriso no rosto.

- Bom dia, maninha. Eu tô bem e você? - retruquei, com um sorriso travesso, enquanto ela revirava os olhos.

- Kara, você não vai acreditar quem é a chefe da Sam! - Ela falou eufórica, me fazendo rir. - Por que você tá rindo? Espera... você já sabia, não é? - Balancei a cabeça, tentando conter o riso. Ela pegou um guardanapo e jogou em mim, brincando.

- Filha da mãe! Por que não me contou?

- Era segredo, Lena fez um acordo com a CatCo e eu prometi não contar nada - dei de ombros, casual.

- Espera... vocês se viram? Me conta tudo! - Alex agora estava inclinada para frente, completamente atenta.

Suspirei, mexendo no meu café. - Lena e Andrea eram melhores amigas na faculdade, então acabamos nos vendo por acaso. Mas... Lena estava estranha, sabe? Havia algo diferente no jeito dela. Ela não parava de me olhar... foi esquisito. - Meu tom saiu mais pensativo do que eu pretendia.

- Hmm... aí tem - disse Alex, arqueando uma sobrancelha enquanto tomava um gole do café. - Não me diga que ainda sente alguma coisa por ela.

Meu coração deu uma leve batida fora de ritmo, mas eu ri, disfarçando.

- Não, isso é passado. Estou bem feliz com a Andrea. Na verdade, marcamos o casamento para o mês que vem. - Falei, tentando soar o mais empolgada possível.

- Até que enfim! - Alex sorriu. - A gente tem que organizar uma despedida de solteiro pra você. Mas Sam não pode saber, hein? - Ela disse em um sussurro conspirador, me fazendo rir junto.

Hoje seria um dia cheio, tinha uma reunião importante marcada com alguns empresários e uma montanha de papelada para resolver. Após tomar o café, fui direto para a empresa. Estava concentrada no notebook, revisando alguns contratos, quando o celular tocou.

- Alô? - atendi, sem desviar os olhos da tela.

- Kara, querida! - uma voz familiar soou do outro lado.

Franzi o cenho por um segundo antes de abrir um sorriso. Eu conheço essa voz.

- Espera... Tia Lilian? - falei, sabendo que ela não gostava desse apelido.

- Tia não, Kara. Apenas Lilian - respondeu, do jeito característico que sempre me fazia rir.

- A que devo a honra dessa ligação?

- Bem, eu e Lena queriamos te convidar para um jantar. Além de matar a saudade, queria discutir algumas questões de trabalho contigo.

- Claro, também estou com saudades. Já faz um bom tempo. - Sorri, lembrando de quando ia pra casa dos Luthors.

- Você sabe que sempre te considerei como uma filha, não sabe? - disse ela, com uma voz mais suave. - Que tal amanhã às oito horas?

- Por mim, está ótimo! - respondi, feliz por poder revê-la.

- Ótimo. Obrigada, Kara. Nos vemos amanhã, te mando o endereço por mensagem.

- Eu que agradeço, tia Lilian - provoquei, e pude ouvir ela resmungando antes de desligar.

Quando O Amor Se Atrasa (SuperCorp)Onde histórias criam vida. Descubra agora