Cárcere privado

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O silêncio do quarto foi interrompido pelo som agudo e repetitivo do despertador digital — bip, bip, bip — ecoando pelo ambiente. Meus olhos não queriam se abrir; eu podia sentir minhas pálpebras pesadas e meu corpo se recusava a se mover. Mas o maldito bip não saía da minha cabeça. Rapidamente bati no relógio, fazendo-o parar.

O silêncio retornou, mas o sentimento de solidão voltou com ele

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O silêncio retornou, mas o sentimento de solidão voltou com ele. Pisquei várias vezes, tentando acordar, enquanto sentia o ar quente meio gelado em meu corpo. Minha respiração acompanhava o ritmo, enquanto meu corpo, ainda adormecido, tentava despertar.

“Ainda me sinto... Esquisito por causa da noite passada.”

Meu foco se dissipou ao ouvir batidas repentinas na porta
— tum, tum, tum — firmes o suficiente para chamar atenção, mas sem a urgência de um alarme. Uma voz firme e calma falou através da porta grossa:
— Jovem Clifford, o café será servido em 30 minutos. Por favor, desça hoje. Seu pai, o Sr. Darius, está à sua espera.

Fiquei surpreso, mas respondi, mantendo a voz neutra:
— Meu pai está em casa hoje? Entendi, estarei lá sem demora.
— Ok, avisarei agora mesmo.

Passos calmos começam a se afastar da porta, enquanto eu permanecia intrigado.

“Por que devo descer hoje? Como assim o Darius me quer lá embaixo?”

— Essa merda tá estranha... Mas fazer o quê? Preciso vê-lo de qualquer forma — murmurei baixo.

Levantei-me da cama e caminhei em direção ao banheiro, onde a luz refletia nas paredes cinza brilhantes. O box do chuveiro, que sempre achei grande o suficiente para acomodar cinco pessoas, permanecia como um luxo que, aparentemente, não deveria questionar.

“Acho que vou tomar uma ducha hoje... A banheira demoraria de mais.”

Tirei minhas roupas, tentando ser rápido, mas meu corpo inteiro doía.

— Malditos hematomas! — murmurei, frustrado, enquanto ligava o chuveiro.

Senti a água quente escorrer da minha cabeça até as costas. Um arrepio subiu pela nuca, mas continuei parado, suportando a leve ardência nos meus ferimentos.

 Um arrepio subiu pela nuca, mas continuei parado, suportando a leve ardência nos meus ferimentos

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