ponyboy curtis

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Era uma noite típica de Tulsa, o céu limpo e as estrelas salpicando a escuridão como pequenos diamantes

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Era uma noite típica de Tulsa, o céu limpo e as estrelas salpicando a escuridão como pequenos diamantes. O vento trazia consigo o cheiro de terra úmida, resquício de uma chuva que tinha caído mais cedo. Ponyboy Curtis caminhava lentamente pelas ruas da cidade, as mãos enfiadas nos bolsos de sua jaqueta jeans. Ele gostava dessas noites. Momentos em que podia se afastar dos problemas com os Socs, esquecer um pouco das brigas e simplesmente se perder em seus próprios pensamentos.

Mas, naquela noite, seus pensamentos não estavam tão vagos quanto de costume. Eles eram todos sobre ela – Lia. Uma garota que havia entrado em sua vida de maneira inesperada e mudado tudo. Lia não era como as outras. Ela era especial, alguém que fazia o coração de Ponyboy bater um pouco mais rápido toda vez que ele a via.

Ponyboy conheceu Lia em uma tarde ensolarada, no parque onde ele e seus irmãos, Darry e Sodapop, costumavam passar o tempo. Lia estava sentada em um balanço, com um livro nas mãos, completamente imersa na leitura. Ele a observou por um tempo antes de se aproximar. Algo nela o chamou a atenção – talvez fosse o fato de ela parecer tão fora de lugar, tão tranquila em um mundo que sempre parecia estar em caos ao redor deles.

– O que você está lendo? – ele perguntou, parando ao lado dela.

Lia ergueu os olhos, surpresa por alguém ter interrompido seu momento de tranquilidade, mas quando viu Ponyboy, sorriu gentilmente.

– O Sol é Para Todos, de Harper Lee – ela respondeu, seus olhos brilhando com uma mistura de entusiasmo e curiosidade. – Já leu?

Ponyboy sorriu. Aquela era uma das suas leituras favoritas, e ele imediatamente se sentiu conectado a ela.

– Já sim. É um dos meus favoritos.

A partir desse encontro, eles começaram a passar mais tempo juntos. Não era nada planejado. Às vezes, eles simplesmente se encontravam no parque ou nas ruas da cidade. Outras vezes, Ponyboy inventava desculpas para sair e, de alguma forma, acabava no caminho de Lia. Aos poucos, ela foi se tornando uma parte importante da sua vida.

Agora, enquanto caminhava em direção ao parque, Ponyboy sabia que a veria de novo. Lia sempre ia lá nas noites de sexta-feira, gostava de sentar perto do lago e observar as estrelas. E ele adorava acompanhá-la, embora fosse tímido em admitir o quanto isso significava para ele.

Quando finalmente chegou ao parque, lá estava ela, como sempre. Lia estava sentada na grama, os braços em volta dos joelhos, olhando para o céu. Seu cabelo castanho balançava suavemente com o vento, e Ponyboy se pegou sorrindo antes mesmo de alcançá-la.

– Vejo que ainda está admirando as estrelas – ele comentou, se aproximando.

Lia virou a cabeça para ele, sorrindo de volta.

– Elas são tão bonitas, não são? – ela disse, suspirando. – Me fazem sentir pequena, mas de um jeito bom. Como se todos os problemas fossem insignificantes quando você pensa no universo.

Ponyboy se sentou ao lado dela, inclinando-se para trás sobre as mãos, olhando também para o céu.

– Sim, eu sei o que quer dizer – ele respondeu. – Às vezes, gosto de vir aqui e apenas... pensar.

Lia riu suavemente.

– Você sempre está pensando em algo, Ponyboy.

Ele deu de ombros, mas não pôde evitar um sorriso tímido.

– Acho que é verdade. Mas quando estou com você... é diferente. Fico mais tranquilo.

Lia ficou em silêncio por um momento, absorvendo aquelas palavras. Era raro Ponyboy expressar tão claramente o que sentia, e ela sabia que isso significava muito.

– Eu também me sinto assim – ela admitiu, virando-se para ele. – Estar com você é como uma pausa de tudo de ruim que acontece lá fora.

Eles ficaram em silêncio por um tempo, apenas ouvindo o som das árvores balançando com o vento e a água do lago se movendo levemente. Não precisavam de palavras para preencher o momento. Havia uma conexão entre eles que não exigia explicação.

Depois de alguns minutos, Lia se deitou na grama, olhando para o céu.

– Me conta uma coisa, Ponyboy – ela disse, sua voz suave no ar noturno. – Se você pudesse estar em qualquer lugar agora, onde estaria?

Ele pensou por um momento, depois se deitou ao lado dela, seus ombros quase se tocando.

– Acho que estaria exatamente aqui – ele respondeu, sua voz tão suave quanto a dela. – Não consigo pensar em nenhum outro lugar que eu gostaria de estar.

Lia sorriu, seus olhos ainda fixos nas estrelas.

– Eu também.

O tempo parecia parar enquanto eles ficavam ali, lado a lado, imersos no silêncio confortável e na tranquilidade da noite. Ponyboy nunca havia se sentido tão em paz, tão completo. E ele sabia, no fundo do coração, que era por causa de Lia.

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te amo ponyboy 😓😓

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