Twenty one.

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★彡[ᴀɴᴀ ꜰʟÁᴠɪᴀ ᴄᴀꜱᴛᴇʟᴀ]彡★
ᵖᵒⁱⁿᵗ ᵒᶠ ᵛⁱᵉʷ

— Ana, por que você 'tá tremilicando desse jeito? — A mais nova perguntou após acordar

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— Ana, por que você 'tá tremilicando desse jeito? — A mais nova perguntou após acordar.

A verdade é que eu não sei o que deu em mim. É óbvio que eu gostei do que eu fiz, mas eu não sei como eu tive coragem para fazer. Procede?

— Bom dia, Lelê! Não é nada, é só o frio. — Ela deu de ombros e ficou de pé na cama, enguerdo os bracinhos.

— Bom dia, Ana! — Deitou no meu ombro. Por um momento, achei que ela tivesse dormido novamente. — Eu quero ir fazer xixi. — Ri e fui com a pequena ao banheiro.

Ajudei ela a fazer o que tinha de fazer, e a sentei na pia, colocando pasta na escova de dente, a entregando para a pequena.

— Sonhou com alguma coisa, pequena? — Coloquei seu cabelo para trás, fazendo um rabo de cavalo.

— Xim. — Ela disse com dificuldade, pois havia pasta de dente na boca. — Sonhei que eu tinha um pônei. — Cuspiu e lavou a boca. — Você pode me dar um pônei? — Me olhou com olhos de boneca.

— Não, Lelê. — A peguei e comecei a descer as escadas.  — Não posso te dar um pônei, mas se você quiser outra coisa...

— Tato. — Ela disse chorosa. — A Ana não pode me dar um pônei... Mas e você? Pode?

— O que? — Ele pareceu confuso.

— Droga, eu queria um pônei. — Bufou.

— Que história é essa de pônei?

— Não é nada. — Ri leve — Só a Helen que sonhou com um pônei e agora quer um. — Expliquei.

— Que lindo... Vai ficar querendo. — Tampei a boca da pequena antes que começasse um berreiro.

Por que criança chora por tudo? Eu também chorava por tudo quando era pequena, mas não tinha problema quando a criança era eu.

— Não precisa chorar. — Disse e ela tirou a expressão chorosa e se mexeu para sair do meu colo, enquanto eu estava presa no olhar do loiro.

— Quero ir comer, Ana...

— Ah... — Sai do transe. — Claro. — A coloquei no chão. — Vamos.

Ela me deu a pequena mãozinha e fomos até a bancada. Coloquei algumas bolachas em um pote e ela começou a comer, junto com um suco que ela dizia ser bom, mas o gosto era péssimo.

A real é que eu estou um pouco muito nervosa. Desde que eu subi para ver Helen, não falamos sobre aquilo. Nós.

A verdade é que eu não sei como vai ser daqui pra frente. Geralmente, um amor pode acabar com uma amizade, certo? E se brigarmos? Não vamos ter mais os melhores amigos para desabafar, aliás, de uma forma ou de outra, eles também estariam brigados. Deu para entender?

𝗩𝗮𝗺𝗼𝘀 𝗻𝗼𝘀 𝘁𝗼𝗿𝗻𝗮𝗿 𝗯𝗮𝗯𝗮́𝘀 | MIOTELAOnde histórias criam vida. Descubra agora