005. não me odeia

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Isso só pode ser brincadeira.

Não é possível que depois de 3 anos esse idiota ainda tem coragem de me procurar.

- O que é que você quer, Gustavo? - pergunto impaciente.

- 'Quê isso, princesa? Quero conversar, 'pô.

- A gente não tem nada 'pra conversar. Terminamos, esqueceu?

- Esquece isso, 'pô. 'Tô vindo atrás de tu pra resolver.

- Esquecer o quê? De quando você surtou comigo porquê eu não queria um relacionamento aberto? Ou quando você fez questão de me humilhar por isso?

- Para com isso, cara. Tu sabe que eu sou 'amarradão em tu, você que me deu um pé na bunda.

- Por que será, 'né? Tu acha mesmo que eu ia continuar contigo depois de tudo? Me poupe.

- Como se tu fosse achar alguém no mesmo nível que o meu, 'né? - questiona.

- O quê te faz pensar que eu iria querer alguém tão insignificante igual a você?

- Até parece que tu conseguiu achar alguém depois de tudo isso - diz.

- E se eu tiver achado? Você não tem nada a ver com isso, cara.

- Duvido que alguém consiga te aguentar, Rebecca.

Eu ia responder, mas sinto uma mão no meu quadril. Olho pra trás e vejo o rosto de Chico.

- Oi, amor - me deu um beijo na bochecha. - Algum problema? Você 'tava demorando no banheiro e eu vim ver se 'tava tudo bem - diz e sorri para mim.

- 'Tá tudo bem, amor.

- Quem é esse? Seu amigo? - pergunta.

- Não, ele é turista. Só veio me pedir uma informação, 'né? - olho para Gustavo e vejo sua cara de choque.

- É, isso aí. Já 'tô indo, obrigado - diz e sai.

- Puta que pariu - suspiro.

- Ei, calma. 'Tá tudo bem. 'Vamo voltar 'pra mesa.

- Não. Eu preciso de um cigarro, tem aí? - pergunto e ele assente.

- Vem comigo.

ACASO     |  Chico MoedasOnde histórias criam vida. Descubra agora