Eu e o André vivíamos no famoso: "chove e não molha".
Não tínhamos nada rotulado e era isso que gostávamos, ao menos parecíamos gostar. Ele ficava com quem ele quisesse e eu também poderia, mas a real é que eu não ficava com ninguém além dele. Ele jurava que eu ficava com um e outro, mas eu não era assim, não conseguia.
Gostava muito de sua companhia, era um homem por completo, sempre atencioso.
O zagueiro era bom em tudo o que fazia e eu apreciava isso da melhor maneira possível.
E o fato da nossa "relação" não passar de sexo casual me incomodava, pois eu queria um relacionamento sério com ele, mas também não queria me arriscar em falar e acabar com tudo.
Acredito que tudo acontece no tempo certo e se for pra ser será.
[...]
O jogo na Neo Química Arena estava empatado, o time paulista só precisava de um gol pra desempatar.
Durante os escanteios, Ramalho estava lá tentando marcar o dele.
Até que em um escanteio batido pelo Coronado, a bola sobra para o zagueiro que bate de cabeça, fazendo a bola adentrar o gol adversário.
A Arena explode em comemoração!
André corre em direção a torcida, emocionado, enquanto beija o escudo da camiseta.
Ao final de toda comemoração, vejo ele fazendo um coração em direção ao camarote que eu estava.
Me sinto entusiasmada com tudo que acabou de acontecer. Ainda sem acreditar no gol e na dedicação.
[...]
Espero o mais velho encostada no carro para irmos embora.
— Gostou do jogo ? — Me assusto com ele chegando, pois estava no celular assistindo novamente o gol que ele marcou.
— Zé' do céu — Ele revira os olhos em divertimento pelo apelido. — Você foi bem demais ! Estou muito feliz por você.
Abraço ele e sinto o cheiro de seu perfume amadeirado.
— Eu ainda estou sem acreditar, não caiu a ficha que eu decidi a classificação e ainda consegui te dedicar um gol. — Beija minha cabeça, já que sou um pouco menor que ele.
— Fiquei na dúvida, se decidiu pra mim mesma ou foi para as outras! — Provoquei ele — Mas se foi pra mim, agradeço!
— Precisamos conversar sobre a nossa relação. — Me afasta dele gentilmente. — Não queria conversar no estacionamento, mas quero ser breve e direto. Eu gosto muito da nossa relação, nossa química é sem igual. Você acha que eu fico com outras além de você, mas a real é que não consigo e nem quero ninguém. Então, você aceita ser só minha ? E vou ser seu homem !
Fico sem reação e ao mesmo tempo muito feliz, pois não imaginava que ele fosse querer isso.
— É claro que eu aceito ! Inclusive já estava na hora de você tomar uma iniciativa. — Zoei com ele.
Ele me dá aquele sorriso e se aproxima um pouco mais, tomando meus lábios em um beijo carinhoso.
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