Eu tinha que viver controlando o que o zagueiro falava, por ser da assessoria de imprensa do clube e namorada dele.
Uma das ultimas que ele soltou foi: "Pau no cu da mídia e vai Corinthians."
Isso deu uma repercussão, tive que trabalhar em dobro, escrever nota pra imprensa. Em casa eu concordei com o que foi dito, meu lado Corinthiana aprovava, mesmo resultando em mais trabalho pra mim.
O Carlos tinha personalidade forte, sempre falando o que não devia. Uma das personalidades que fez eu me apaixonar, me deixando louca por ele.
- Por favor, não vai passar pela imprensa falando merda! - Resmungo pra ele. - Se controla, sem xingar eles.
- Amor, fica tranquila, hoje não vou te dar trabalho. - Passa o braço pelo meu ombro. - Tô' feliz demais pela classificação.
Corinthians tinha se classificado, contra o Fortaleza. A Neo Química Arena estava em festa, a Fiel torcida em peso na arquibancada.
[...]
Estava esperando o Cacá se trocar para irmos à uma resenha, afinal essa classificação merecia.
Vejo ele saindo e vindo na minha direção, estava lindo, ficava mais gostoso pós jogo.
- Que isso, tá' gostoso demais ! - Falo enquanto deixo um selinho em seus lábios.
- Me beija direito, eu hein. - Me pega pela cintura, aprofundando o beijo.
- Casal, vão para uma área mais reservada. - Bidu passa zoando, junto com alguns jogadores.
- Isso é inveja né, só porque sua mulher não veio hoje. - Provoco.
- Cacá, sua mulher é insuportável. - Mostra a língua pra mim.
Separo do zagueiro e entrelaço nossas mãos, caminhando junto dos outros.
Passávamos por onde a imprensa estava, um deles chamou o Cacá, pra dar entrevista. Soltamos as mãos e ele vai em direção aos jornalistas.
Começou fazer diversas perguntas e ele respondia, até então sem ofender ninguém.
- Só tenho mais uma coisa a dizer. - Olha pra câmera. - Ai, Marinho. Pode chorar! Pode chorar! - Ele fala e sai andando, sem dar espaços pra questionamentos.
Sabia que uma hora ele aprontaria uma, ao menos dessa vez não foi xingando a imprensa e sim provando o jogador rival.
- Segura seu homem, a língua parece chicote, não segura dentro da boca. - Raniele passa zoando.
- Lá do banco de reservas o Cacá já tinha provocado. - Charles dá risada. - Estava esperando por esse momento.
- Vocês só me dão dor de cabeça. - Nego com a cabeça.
O meu jogador vem em minha direção.
- Minha gata, tentei me controlar. - Me dá um sorriso. - Mas tem que ter uma provocação.
Reviro os olhos, sorrindo em seguida.
- Dessa vez vou deixar passar, pois provavelmente não vai dar em nada. - Dou de ombros.
Ele me dá um selar e caminhamos em direção ao meu carro. Partindo pra onde aconteceria a pequena comemoração, na casa do Zé Caralho, mais conhecido como André Ramalho.
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Manu_sccp espero que goste. ❤️ (bem básico, só pra relembrar a classificação e quando Cacá falou pau no c* da mídia)
