Capítulo 4:encontro no café

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O sol da tarde entrava pela janela do café, lançando uma luz suave sobre a mesa onde Rita estava sentada. A papelada da herança dos pais estava espalhada em frente a ela trazendo uma bagunca na mesa onde ela estava sentada, uma montanha de documentos e formulários que parecia crescer a cada vez mais. Rita estava cheia de cansaço e frustração,

os olhos se movendo lentamente sobre as páginas sem realmente ter restar atenção no conteúdo.
Ela pegou a caneta e a colocou de volta no suporte com um suspiro. Não havia muito progresso sendo feito.

O café ao redor estava calmo, O som suave das máquinas de café e o murmúrio baixo das conversas criavam um fundo quase reconfortante, mas Rita estava longe de se sentir em paz. A dor da perda e a frustração com a burocracia estavam pesando sobre ela, e cada detalhe parecia amplificado por sua condição emocional.

Ela tentou focar, "Apenas mais um documento", ela se forçou a pensar, mas a sensação interminável não diminuía. Em meio a isso, uma voz familiar interrompeu o silêncio da mesa.

Tiago:-"Não pensei que fosse encontrar você por aqui."

Rita levantou os olhos e viu Tiago parado ao lado da mesa, com um sorriso discreto no rosto. Ele estava vestido de maneira casual, com uma camisa polo e uma calca jeans, muito diferente do uniforme do restaurante.

rita:-"Estou... ocupada"-ela respondeu, tentando manter a frieza na voz, mas não conseguiu esconder a tensão que acompanhava suas palavras.

Tiago, percebendo o estado dela, deu um passo à frente e olhou para a pilha de papéis.

Tiago-"Posso ver que você está lidando com bastante coisa"-comentou, com uma expressão de simpatia genuína. -"Parece complicado."

Rita suspirou, fechando os olhos por um momento, como se tentasse recuperar a compostura. O simples gesto dele a fez sentir uma pequena onda de alívio, embora fosse difícil para ela admitir.

Rita:- "É, estou tentando resolver algumas coisas da herança dos meus pais. é um pouco mais complicado do que eu esperava"disse ela, com um toque de frustração na voz.

Tiago se aproximou ainda mais, sem forçar a situação. Ele puxou uma cadeira e se sentou na frente dela. a mesma estranhou mais ignorou o fato

Tiago:-"Imagino que não deve ser fácil. Se precisar de alguém para passar as páginas ou até mesmo de uma pausa para um café, estou aqui."

Rita o olhou, um pouco surpresa pela oferta inesperada. Havia algo tão despretensioso e genuíno no gesto que ela não sabia como reagir. Tiago tinha uma maneira de ser presente sem invadir, e isso era, ao mesmo tempo, desconcertante e reconfortante.

Rita:-"Eu..."-começou Rita, hesitando. -"Não preciso de ajuda."

Tiago apenas sorriu, sem pressionar. Ele se levantou e foi até o balcão, pedindo dois cafés. Quando voltou, colocou um ao lado dela e sentou-se novamente, esperando pacientemente. Rita olhou para o café, hesitou e então pegou a xícara, o calor do líquido oferecendo um pequeno conforto.

Rita:-"Obrigada"-disse, finalmente.

Tiago:- "Às vezes, pequenos gestos são o que precisamos. Não é a solução, mas pode tornar as coisas um pouco mais suportáveis."

Houve uma pausa, e Rita se viu olhando para Tiago. Algo no seu comportamento a fez sentir um misto de confusão e curiosidade. Ela continuava resistindo à ideia de qualquer tipo de ajuda ou conforto, mas a presença dele estava começando a ter um efeito inesperado. Ele parecia ter uma forma de fazer as coisas parecerem um pouco mais fáceis, mesmo que não houvesse uma solução imediata.

Do ódio ao amor: uma receitaOnde histórias criam vida. Descubra agora