Ao sair, uma decisão se formou em sua mente. Se havia alguém que poderia distraí-la, era Tiago. Sem pensar duas vezes, ela se dirigiu ao "Sabor da Terra".
O restaurante tinha uma atmosfera acolhedora, mas hoje, parecia ainda mais vazio. Ela esperava encontrar Tiago ali, mas o lugar estava quase deserto, e seu coração afundou ao perceber que ele não estava.
Rita se aproximou do caixa, onde um garçom, estava organizando algumas coisas.
Rita:- "boa noite,você viu o Tiago por aqui?"
O garçom em sua frente olhou para ela, percebendo a tristeza em seus olhos.
Léo:- "Ele não veio hoje, mas... posso ajudar em alguma coisa?"
Rita hesitou por um momento, seu olhar se perdendo em pensamentos. A vontade de desabafar era forte, mas a ideia de admitir que estava sentindo falta de Tiago a deixava desconfortável.
Rita:- "você tem o número dele ?"
Léo levantou uma sobrancelha, curioso
Léo:-"puts dona, a senhora me perdoa, ele trocou de número esses dias e eu não peguei ainda, mais sei onde ele mora, quer o endereço ?"
A mesma não disse nada, apenas acenou positivamente com a cabeça, vendo sua resposta Léo, o garçom, retirou o caderno de seu bolso anotou o endereço e a entregou
Léo:- "Se precisar de algo, estou por aqui. Não hesite em me chamar."
Rita agradeceu, mas sua mente já estava distante. Ela saiu do restaurante, sem saber o que esperava ao ir até a casa de Tiago. No caminho, o peso no peito só aumentava, e a tristeza se misturava a uma ansiedade que ela não conseguia ignorar.
Ao chegar à casa dele,o lugar parecia acolhedor mais essa noite parecia um reflexo do que sentia por dentro. Ela hesitou na entrada,
Rita se permitiu chorar ali, na calçada, sem se importar com quem pudesse ver. O desespero a envolvia, e a sensação de estar sozinha se tornava insuportável. Ela se lembrava do sorriso de Tiago, de como ele conseguia, mesmo em momentos difíceis, fazê-la rir. Como uma sombra, ele parecia ausente em um momento em que mais precisava dele.Assim que as lágrimas começaram a escorrer por seu rosto, ela tocou a campainha ouvindo seus passos através a porta a mesma secou suas lágrimas rapidamente e esperou a porta se abrir
Tiago:—"Rita?" — sua voz era suave, quase um sussurro.
Ela tentou responder, mas as palavras ficaram presas na garganta. Tudo o que conseguiu fazer foi olhar para ele, incapaz de esconder as lágrimas e o cansaço. Tiago, percebendo a fragilidade dela, não disse mais nada. Com um gesto cuidadoso, deu um passo à frente e, sem pensar duas vezes, a puxou para um abraço.
Rita, que inicialmente tentou resistir, cedeu ao toque. O calor de seu corpo, a força de seus braços ao redor dela, fizeram-na sentir algo que não sentia há muito tempo: segurança. Ela encostou o rosto no ombro dele e chorou. Chorou como se o mundo estivesse desmoronando ao seu redor, e naquele abraço encontrou uma pausa, um respiro em meio ao caos.
Tiago permaneceu em silêncio, apenas segurando-a, sem tentar apressar ou acalmar suas lágrimas. Ele parecia entender que não era necessário dizer nada naquele momento.
Depois de algum tempo, Rita se afastou levemente, ainda segurando os braços dele. Sua voz saiu fraca e entrecortada.
— "Desculpa... eu só..." — mas antes que pudesse continuar, Tiago a interrompeu com um olhar compreensivo.
— "Você não precisa se desculpar, Rita. Está tudo bem."
Ela o olhou, vendo a sinceridade em seus olhos, e por um momento, sentiu-se mais leve. Não era só a presença dele, mas o fato de que, com Tiago, ela não precisava se justificar. Não precisava ser forte o tempo todo. Ele a via como ela era, com todas as suas imperfeições, e isso era um alívio.
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Do ódio ao amor: uma receita
RomanceApós um rompimento doloroso, Rita procura consolo em um restaurante local, onde encontra Tiago, o cozinheiro. Inicialmente, ela é rude, mas Tiago , com paciência e gentileza, continua a tratá-la com cuidado. À medida que frequenta o restaurante, a t...