A Storm in The Underworld -- (PJO fanfic//Meu UA) --

As Raparigas São Perigosamente Perigosas a Discutir

-- (Notinha maravilhosa do autor: o Alex é um fdp neste capítulo, também, aviso de tópicos sensíveis: A TUA MÃE AHAHAHHAAHAHHA

Também peço desculpa se algo não fizer sentido com a personalidade do Alex, ele é um adolescente de 14 anos com muito para aprender, no meu ponto de vista, ele ainda está a construí-la, por isso ele vai ser um pouco descompensado e bipolar. Não normalizando estes termos, como é óbvio. Acrescento também, se tiverem problemas como os do Alex, não me refiro ao trauma, mas sim à maneira de lidar com ele, por favor falem com alguém, eu estarei 100% aberto a tópicos do gênero, pois passo pelo mesmo. Obrigado e espero que gostem.) --

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Estava perdido no deserto, devia estar a sonhar (spoiler; ESTAVA MESMO!!!). O tempo parecia não passar, e estava acorrentado a uma ampulheta gigante. O cenário era terrível, lembrava-me dos momentos sufocantes na minha casa em Nova York. Momentos dos quais eu não gostava de me lembrar, não me traziam o prazer de ter uma família maior para além da minha mãe. Senti dificuldade em respirar, apesar da asma, isto parecia muito pior, era como se tivesse engolido três quilos de areia e tivessem ficado colados às minhas veias respiratórias, desde os meus pulmões até ao nariz. O meu corpo estava pesado, parecia feito de chumbo, como se tivesse um poder maior em mim mesmo, um maior peso nos ombros. Chegou uma figura ao pé de mim, depois de algum esforço, focando e desfocando os olhos, que pareciam encharcados em areia molhada. Era Luke, com uma foice, dourada e prateada, a minha face foi refletida por alguns segundos. Estava velho, de cabelos curtos, que, por sinal, não me ficavam nada bem, também tinha mais cicatrizes a pintarem-me o corpo. Ele sorriu para mim, percebi que o mesmo estava um pouco mais velho, os olhos estavam.. dourados? Só sei que ele levantou a foice, como se fosse me atacar, e antes de me tocar eu acordei.

Sentei-me rapidamente à procura de ar. Estava numa cama desconhecida, mas logo percebi que devia ser um hotel ou assim.

"Acordaste, Alex?", a voz de Sofia fez-se presente, a mesma vinha de baixo, a morena estava sentada no chão observando as duas espadas que havia ganho, elas deviam ter 110cm cada, as laminas eram negras como pedras de obsidiana, ambas emitiam uma leve aura roxa, a guarda da espada pareciam dois ramos que se entrelaçavam na lâmina, com um cabo curto. Eram bonitas, e vi o meu rosto refletido nelas por alguns segundos, antes de voltar à realidade.

"Sim.. sim..", continuei a respirar mal, mas depois acabei por me acalmar, aos poucos.

"Sentes-te melhor? Desmaiaste bonito lá atrás" 

"Um pouco..", eu dou um sorriso amarelo e nervoso, ainda me sentia muito mal, apesar de não o querer demonstrar.

"Entendi, então descansa mais um pouco"

"Não volto a dormir.. nem sei se durmo hoje de novo..", afirmei, mesmo sendo eu quem sou, que acredito que seja capaz de dormir 20hrs seguidas. Senti uma dor aguda no braço esquerdo, depois lembrei-me do pedaço de metal que me tinha furado. Gemi de desagrado e dor.

"Entendi..... Se eu fosse a ti, tentaria não mexer muito nesse braço", a voz dela era tão generosa que me perfurou o coração como uma flecha de ouro quente. O ouro é quente?

"Deuses... porque tudo me acontece a mim..?"

Eu deito-me para trás e dou um pequeno grito quando o braço bate no colchão, depois, ajeito-me, tentando apaziguar a dor.

"As parcas devem não devem ir mesmo com a tua cara.. Deita-te com calma"

 "Só porque sou lindo", digo com um pouco de deboche, dou um sorriso confiante, apesar de ser o oposto do que sentia.